Novo levantamento feito pela Belo Investment Research revela que o número de passageiros nos 99 aeroportos brasileiros deve ultrapassar os 97 milhões até o dia 31 de dezembro de 2022, isso equivale a um crescimento de 48,29% em relação a 2021. O avanço da vacinação contra a Covid-19 e, consequentemente, a queda no número de novos casos da doença foram fundamentais para o aumento de passageiros tanto em voos domésticos como em voos internacionais.
A pesquisa foi baseada em dados oficiais da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que disponibiliza uma série histórica desde 2016. De janeiro a setembro deste ano passaram pelos aeroportos brasileiros 70.157.466. A projeção é que até o final do ano sejam mais de 97 milhões de pessoas.
O levantamento feito pela Belo Investment Research compilou os dados da ANAC com dados alternativos, como o Google Mobility e o Google Trends.
O Google Mobility é o índice de mobilidade nas cidades brasileiras baseado em tempo gasto pelas pessoas nas cidades ou número de visitantes, de acordo com o período de referência da ferramenta que é de 5 semanas entre os dias 3 de janeiro a 6 de fevereiro de 2020, período anterior as restrições promovidas pela pandemia. São considerados 6 aspectos, sendo que apenas um registrou queda no comparativo entre janeiro a outubro de 2021 e o mesmo período deste ano: Varejo e Lazer (27,13%), Mercados e Farmácias (21,13%), Parques (33,22%), Estações de Transporte Público (19,48%) e, por último, Áreas Residenciais (-2,09%).
Um outro dado alternativo utilizado na pesquisa da Belo é o Google Trends, que é o índice de procura por passagens aéreas pela internet. As pesquisas nos buscadores de passagens aéreas aumentaram 30,40% entre janeiro e setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2021.
O diretor presidente da Belo Investment Research, Paulino Oliveira, acredita que esses números mostram que o setor aéreo brasileiro se recuperou dos impactos das restrições impostas devido à Covid-19. Ele lembra que o levantamento é uma projeção e que pode sofrer alterações se houver crescimento no número de casos da doença com a chegada das subvariantes da ômicron, a BQ.1 e XBB, que já estão se alastrando pelos Estados Unidos, China e vários países da Europa.
“Dados de fluxo de pessoas são bons pelo alcance e agilidade, mas costumam ter baixa precisão. Em situações como a pandemia, mesmo os dados mais agregados como o do Google Mobility, já tem grande poder preditivo. Mas mais ainda, grandes áreas mais ou menos isoladas, como é o caso dos aeroportos, continuarão a se beneficiar desse tipo de informação seguindo em frente”, conclui o diretor presidente da Belo.
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