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Passageiro clandestino é encontrado em trem de pouso de jato cargueiro

Autoridades holandesas encontraram homem em voo que partiu de Johanesburgo, com escala em Nairóbi, rumo a Amsterdã. Ele foi levado ao hospital em estado estável

Luiz Fara Monteiro|Do R7

Boeing 747-400 da Cargolux: passageiro clandestino a bordo
Boeing 747-400 da Cargolux: passageiro clandestino a bordo Boeing 747-400 da Cargolux: passageiro clandestino a bordo

Um passageiro clandestino foi encontrado vivo no trem de pouso de um avião de carga da companhia Cargolux que chegou ao aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, vindo da África do Sul no domingo, informou a polícia holandesa.

A porta-voz da Polícia Real Holandesa, Joanna Helmonds, disse que o homem foi levado ao hospital em condição estável.

“Definitivamente, é muito incomum que alguém tenha conseguido sobreviver ao frio em altitude tão elevada. É muito, muito incomum”, disse ela.

Helmonds disse que a idade e a nacionalidade do homem ainda não foram determinadas.

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Acredita-se que o homem tenha subido a bordo do avião antes da decolagem em Johanesburgo, a maior cidade sul-africana e um dos maiores hubs de voos do continente.

A Cargolux confirmou em email à agência de notícias Reuters que o passageiro clandestino estava em um voo operado pela Cargolux Italia.

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"Não estamos em posição de fazer mais comentários até que as autoridades e a companhia aérea concluam sua investigação", disse um comunicado da transportadora.

Plataforma RadarBox.com: rota do 747 de Johanesburgo a Nairóbi
Plataforma RadarBox.com: rota do 747 de Johanesburgo a Nairóbi Plataforma RadarBox.com: rota do 747 de Johanesburgo a Nairóbi

O único voo de carga da Cargolux que chegou a Schiphol no domingo foi um cargueiro Boeing 747 que partiu de Johanesburgo e fez escala em Nairóbi, no Quênia, de acordo com o site de Schiphol e dados de rastreamento de voos.

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Dados da plataforma RadarBox.com mostram que o Boeing 747-400, de matrícula LX-YCV, decolou do Aeroporto Internacional O.R. Tambo, em Johanesburgo, às 19h30 de ontem e pousou à 0h17 em Nairóbi, no Quênia.

Às 04h16 o Boeing 747-400, de 13 anos de uso, decolou de Nairóbi, pousando em Amsterdã às 11h45 e totalizando 11 horas e 36 minutos de voo desde a primeira decolagem, na África do Sul.

O RadarBox.com também mostra que Johanesburgo é o quinto destino mais frequente do cargueiro, além de Schiphol, na Holanda; Tolmachevo, na Rússia; Malpensa na Itália; e Luxemburgo.

Movimentação do Boeing 747-400 nos últimos 12 meses
Movimentação do Boeing 747-400 nos últimos 12 meses Movimentação do Boeing 747-400 nos últimos 12 meses

Os passageiros clandestinos em voos para a Holanda são raros, acrescentou Helmonds, observando que tentativas anteriores envolveram possíveis imigrantes da Nigéria e do Quênia.

Os clandestinos enfrentam um risco considerável de morte durante todas as fases do voo.

Alguns caíram durante a decolagem ou o pouso, enquanto outros enfrentam hipotermia e hipóxia nas temperaturas extremamente baixas e na baixa pressão atmosférica de grandes altitudes.

Hipotermia ocorre quando a temperatura do corpo se encontra abaixo de 35°C. O organismo humano, para realizar suas funções metabólicas, precisa apresentar temperatura entre 36°C e 37,5°C.

Hipóxia é a diminuição do aporte de oxigênio ou baixa concentração de oxigênio nos tecidos.

No ano passado, o corpo de um nigeriano foi encontrado no trem de pouso de um avião que chegava ao aeroporto de Schiphol.

Em novembro, autoridades de fronteira dos EUA em Miami prenderam um homem de 26 anos que estava escondido no trem de pouso de um avião que chegava da Guatemala e Lago, na Nigéria. No início daquele ano, um clandestino de 16 anos foi encontrado em um trem de pouso de um avião de Londres no aeroporto de Maastricht, na Holanda. O menino se escondeu no trem de pouso de uma aeronave. Ele sobreviveu a temperaturas abaixo de zero em voo de uma hora e foi internado no hospital com sintomas graves de hipotermia.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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