Piloto deixa porta da cabine aberta durante voo e é suspenso por violar lei antiterrorista
Incidente com aviador da British Airways forçou o cancelamento de um voo de Nova York para Londres e foi reportado às autoridades norte-americanas

Um piloto da British Airways foi suspenso por violar as leis antiterrorismo e colocar em risco a segurança de passageiros e tripulantes após deixar a porta da cabine aberta durante um voo de Londres Heathrow para Nova Iorque - JFK na semana passada. Ele teria deixado a porta da cabine aberta para que alguns de seus familiares que estavam no voo pudessem vê-lo pilotar o avião.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, passageiros e tripulantes notaram a porta aberta — o que configura uma violação das regras de segurança aérea pós-11 de setembro – e contataram a British Airways assim que o voo pousou em Nova York na sexta-feira passada. O piloto foi temporariamente suspenso, e a companhia aérea cancelou o voo de volta, o BA174 operado por um Boeing 777-300ER, de Nova York para Londres.
Uma fonte informou a um jornal inglês que a porta aberta fez com que os passageiros se sentissem “desconfortáveis”. Nem a British Airways, nem a imprensa identificaram o piloto pelo nome. “A tripulação e os passageiros notaram imediatamente que a porta da cabine estava aberta e quiseram saber o que estava acontecendo”. A fonte acrescentou que o incidente “deixou os passageiros extremamente inquietos”.
“A porta ficou escancarada por um tempo considerável — o suficiente para que as pessoas se preocupassem e comentassem. Os colegas da BA ficaram tão alarmados que o piloto foi denunciado nos EUA e os chefes tiveram que suspendê-lo.”
As leis dos EUA e do Reino Unido exigem que aeronaves de passageiros tenham portas reforçadas que resistam à entrada forçada e que permaneçam fechadas e trancadas durante todo o voo. Essas leis foram implementadas após os sequestros terroristas de 11 de setembro de 2001.
Nos EUA, há planos em andamento para tornar obrigatórias barreiras secundárias na cabine como proteção adicional. As companhias aéreas têm até agosto de 2026 para instalar as barreiras.
“A segurança é nossa maior prioridade e alegações dessa natureza são sempre totalmente investigadas”, disse um porta-voz da companhia aérea.
A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido está investiga o incidente.
✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
