Aeronave belga impedida de pousar em Luanda
Vincenzo PaceA rota do voo SN359 da Brussels Airlines era Bruxelas - Luanda - Kinshasa, no último domingo (17).
Tudo corria muito bem até o A330 se aproximar da primeira escala, na capital de Angola. Só que o espaço aéreo foi fechado para a chegada de um outro voo que trazia o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan a Luanda.
Como é praxe, aviões presidenciais têm prioridade de operações como pouso, decolagem, taxi e aproximação.
O jato da Brussels então 'pulou' a escala em Luanda e seguiu para Kinshasa. Sobre a capital da República Democrática do Congo, o A330 sobrevoou em círculos, numa tentativa de retornar à Luanda. Depois de 30 minutos de espera, o jato não tinha mais combustível de segurança para o pouso em Luanda. E todos desceram em Kinshasa.
Aí começou de fato o pesadelo dos passageiros que saíra de Bruxelas e precisavam desembarcar na primeira escala: Devido a falta de voos entre Kinshasa e Luanda, eles tiveram que retornar à Bruxelas para só então seguir para a capital angolana já no dia seguinte.
O voo especial partiu de Bruxelas às 12h37 pelo horário de verão da Europa Central (CEST Time) e chegou a Luanda às 19h32 pelo horário da África Ocidental (WAT Time) - com um atraso de 25 horas e 30 minutos. O atraso em relação ao voo original foi de 25 horas e 30 minutos.
Numa comparação aproximada, seria semelhante a você embarcar em Nova Iorque rumo a Buenos Aires e ao se aproximar da capital argentina ter seu voo desviado para Porto Alegre. E da capital gaúcha retornar a Nova Iorque para só então voltar para Buenos Aires.
Depois de reacomodar os passageiros que deveriam descer em Angola, a Brussels Airlines lamentou o ocorrido:
"O nosso Centro de Operações avaliou várias opções, como o desembarque de passageiros em Kinshasa, mas não há voos Kinshasa-Luanda. Infelizmente, a única opção era voltar a Bruxelas com esses passageiros", disse Kim Daenen, porta-voz da companhia ao Aviation24.be
Passageiros retornaram à Europa antes de seguir para Angola
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