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Luiz Fara Monteiro

Rússia tem longo e antigo histórico em derrubar aviões comerciais

Sistema de defesa do país é suspeito de lançar míssil que derrubou voo da Azerbaijan Airlines no dia de Natal

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window

Voo MH17 da Malaysia é atingido por míssil russo Reproducão Arte CGTN America

A queda de um modelo Embraer ERJ-190 operado pela Azerbaijan airlines na última quarta-feira (25) foi causada por um sistema de defesa russo conhecido como Pantisir-S. A informação, passada por fontes que investigam o acidente às agências internacionais, como Reuters e Euronews, não foi confirmada pelo Kremlin, que preferiu evitar especulações até que a investigação seja concluída.

Caso se confirme a responsabilidade russa, será mais uma ocorrência atribuída ao país, que desde a época da antiga União Soviética lida com relatos nesse sentido. Veja a lista pesquisada pelo blog Aviação:

Malaysia Boeing 777 voo MH17

Em 17 de julho de 2014, durante o conflito de Donbass, um Boeing 777-200ER da Malaysia que operava o voo MH17 na rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur foi vítima de um míssil terra-ar Bouk M-1, disparado por separatistas pró-Rússia. Eles teriam confundido a aeronave intercontinental com um avião militar ucraniano.


O governo de Moscou negou participação no evento. 298 pessoas morreram. Dois russos e um separatista ucraniano que operaram o sistema de mísseis 9K37 Buk foram considerados culpados em uma investigação promovida pela Holanda.

Georgian Airways Tupolevs 134 e 154


Em 21 e 22 de setembro de 1993, dois aviões da Georgian Airways foram derrubados por separatistas pró-russos da região da Abcázia durante a batalha de Sukhumi. No dia 21, um Tupolev Tu-134 foi abatido por um míssil disparado de um navio e caiu no Mar Negro. O voo tinha dois tripulantes e 22 passageiros, principalmente jornalistas, voando para cobrir a guerra.

No dia seguinte, um Tupolev Tu-154 da Georgian Airways voava da capital Tbilissi para o Aeroporto Sukhumi-Babusheri. Lotado de civis e algumas forças de segurança da Georgia, o avião foi atingido por mísseis terra-ar durante a aproximação final. Os pilotos conseguiram fazer um pouso forçado na pista, mas a aeronave se incendiou, matando 108 dos 132 passageiros e tripulantes.


Korean Airlines Boeing 747

Em 1º de setembro de 1983 o voo 007, de Nova Iorque para Seul via Anchorage operado por um Boeing 747 da empresa coreana, sofreu um erro de navegação cometido pela tripulação e violou o espaço aéreo da então União Soviética na região de Kamchatka, onde havia silos subterrâneos com mísseis balísticos intercontinentais.

A Força Aérea soviética tratou o voo comercial como uma aeronave espiã intrusa dos Estados Unidos e a destruíram com mísseis ar-ar. O ‘Jumbo’ foi abatido por um caça Su-15 da Defesa Aérea que disparou dois mísseis K-8 em sua direção. 269 pessoas morreram.

Korean Airlines Boeing 707

Em 20 de abril de 1978, o voo 902 da Korean Airlines que partiu de Paris rumo a Anchorage, no Alaska, tomou o rumo errado e ficou perdido sobre o Mar de Barents. Os soviéticos confundiram o Boeing 707 com um avião militar C-135 e despacharam dois interceptadores Su-15. Após várias falhas de comunicação, o Boeing foi alvejado por dois mísseis R-60. A despressurização da cabine causou a morte de duas pessoas.

Apesar do ataque, o enorme jato intercontinental conseguiu fazer um pouso de emergência em um lago congelado na região da Carélia, próximo a Murmansk, onde os sobreviventes receberam cuidados do Exército Vermelho.

Aero O/Y Kaleva Air

Em 14 de junho de 1940, o voo 1631 de Tallin na Estônia para Helsinque, na Finlândia, foi abatido sobre o Golfo da Finlândia por duas aeronaves de combate do exército soviético e afundou perto da ilha estoniana de Keri, matando todos os nove ocupantes.

O incidente ocorreu durante a Paz Provisória entre a União Soviética e a Finlândia e no início da ocupação soviética da Estônia. Kaleva foi o segundo avião civil de passageiros a ser atacado no ar.

Os destroços foram encontrados em 5 de junho de 2024 por veículos subaquáticos não tripulados da Estônia perto do farol de Keri, nas águas territoriais da Estônia. Os destroços estão a uma profundidade de 76 metros.

France F-Beli

O F-BELI, um Douglas c-54 da Air France, foi alvejado por 2 MIG-15 soviéticos em 29 de abril de 1952, perto de Berlim. A aeronave foi atingida 89 vezes, ferindo três passageiros e forçando o desligamento dos motores 3 e 4. O avião fez um pouso de emergência seguro em Berlim-Tempelhof e foi reparado mais tarde.

Os soviéticos alegaram que o C-54 havia se desviado do corredor aéreo internacional.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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