Boeing 767-300ER da canadense Cargojet
DivulgaçãoUma válvula suja.
Essa foi a causa da despressurização na cabine de um Boeing 767 que decolou de Viracopos na última semana e virou notícia na mídia nacional por dar voltas (orbitar) na região.
A aeronave nivelou no FL100, queimou combustível e retornou a Viracopos para um pouso seguro na pista 15 cerca de 2h30 após a decolagem. A queima de combustível (fuel dumping) é recomendada nesses casos para evitar danos estruturais à aeronave durante o pouso.
Desnecessário mencionar o prejuízo causado.
O Boeing 767-300 cargueiro da Cargojet Airways, matrícula C-GVIJ realizando o voo W8-1592 de Viracopos, SP (Brasil), para Miami, FL (EUA), com dois tripulantes, decolou do aeroporto, e a tripulação percebeu que a cabine não pressurizava mais do que 5 psi e foi incapaz de manter a pressão. Ambos os controladores de pressão falharam. A tripulação interrompeu a subida no nível FL260.
O comandante declarou Pan-Pan, um tipo de comunicação para dizer que há uma situação a bordo, mas sem representar perigo imediato à segurança de voo.
O Conselho de Segurança em Transporte do Canadá (TSB) informou que a manutenção substituiu o transceptor RAD ALT central. A válvula de alívio de pressão inferior foi encontrada aberta por detritos de objetos estranhos, que foram removidos e a válvula foi fechada. Os controladores de pressão da cabine foram substituídos, o painel de controle de exibição do primeiro oficial foi substituído, o Sistema de Gerenciamento de Voo (FMC) do comandante foi testado e considerado utilizável.
De acordo com o AvHerald, uma inspeção de excesso de peso foi realizada e a aeronave foi devolvida ao serviço.
A aeronave conseguiu finalmente chegar a Miami em 11 de novembro de 2021, 4 dias após o incidente.
A Cargojet é uma companhia com sede em Mississauga, Ontario. Com 28 aeronaves na frota, sua especialidade é o transporte de cargas.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.