Tripulantes operaram voo mesmo reprovados em teste para detecção de álcool e drogas
Comandante não teria sido informado sobre o teste malsucedido de dois integrantes da companhia aérea KM Malta
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Autoridades da República de Malta, no sul da Europa, investigam o episódio em que dois membros da tripulação de cabine da KM Malta Airlines foram autorizados a embarcar em um voo para Roma, na Itália, mesmo depois de terem sido reprovados em um teste para detecção de drogas e álcool.
Os protocolos sobre padrão de segurança da aviação exigem a remoção imediata de qualquer integrante da tripulação que seja reprovado no teste feito antes do embarque. O caso foi registrado em 16 de abril e destacado agora pela mídia local.
“Após incidentes recentes que evidenciaram deficiências de segurança em nossas estradas e mares, levantando preocupações sobre uma grave falta de fiscalização e recursos, agora surgiram notícias que aumentam ainda mais a preocupação sobre falhas na fiscalização dos protocolos de segurança da companhia aérea nacional”, disse em nota o Partido Nacionalista de Malta.
O acidente ocorreu antes de um voo Malta-Milão-Roma-Malta. Apesar dos resultados positivos, ambos os tripulantes — um homem e uma mulher — foram liberados para voar e instruídos a se submeter a um segundo teste em um Hospital após retornarem a Malta.
O comandante do voo não teria sido informado da falha no teste e, em vez disso, lhe foi comunicado que a tripulação estava apta para o serviço.
Tripulantes em cargos de segurança crítica na indústria da aviação são submetidos a testes de drogas e álcool para garantir a segurança. Os testes podem ser realizados aleatoriamente, após acidentes ou quando há suspeita razoável de uso de substâncias. Os métodos de teste comuns incluem bafômetros para álcool e testes de saliva ou urina para drogas.
O problema não foi imediatamente reportado à Transport Malta, equivalente ao Ministério dos Transportes local. Só veio à tona após pressão interna, levando a administração da companhia aérea a notificar a autoridade. Desde então, a Transport Malta iniciou uma investigação, embora ainda não tenha respondido publicamente a diversas perguntas.
A Associação de Pilotos de Linha Aérea (ALPA) confirmou posteriormente a violação aos seus membros e os aconselhou a evitar novos testes até que as políticas da empresa fossem revisadas. Essa diretriz foi suspensa após a ALPA receber certas garantias da KM Malta Airlines.
Especialistas em aviação alertaram que a interrupção dos testes aleatórios viola os regulamentos da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA). Ainda não está claro se alguma medida disciplinar foi tomada, e ninguém da alta gerência da companhia aérea assumiu a responsabilidade pela violação.
Um relatório lançou vários questionamentos: O comandante do voo foi informado dos resultados positivos do teste antes da partida? Se não, por quê? O gerente de segurança e a pessoa designada para as operações de voo da KM Malta Airlines foram informados? E se foram, que medidas tomaram?
O Partido Nacionalista apelou ao governo e às autoridades de transportes para que não continuem a brincar com a segurança das pessoas e garantam que todos possam viajar com tranquilidade.
A declaração foi assinada por Mark Anthony Sammut, ministro-sombra dos transportes, Mario de Marco, ministro-sombra do turismo, e Ivan Castillo, ministro-sombra do setor marítimo.
Em reação, a Transport Malta disse que sua Diretoria de Aviação Civil (CAD) conduziu uma investigação e descobriu que a KM Malta Airlines não havia cumprido integralmente os procedimentos internos da empresa e os requisitos regulatórios aplicáveis em relação ao assunto.
A Transport Malta disse que não era função da diretoria tomar medidas disciplinares contra os membros individuais da tripulação envolvidos, pois isso era da competência dos controles internos e da gestão da companhia aérea, que por sua vez responde ao Ministério das Finanças.
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