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Luiz Fara Monteiro

Turbulências em voos estão se tornando mais frequentes e severas

Só nos EUA foram 207 feridos com gravidade desde 2009. Mudanças climáticas têm alterado as condições atmosféricas

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • As mudanças climáticas aumentam a frequência e intensidade das turbulências em voos.
  • Desde 2009, 207 feridos graves foram registrados nos EUA, principalmente entre tripulantes.
  • Especialistas preveem uma duplicação ou triplicação na quantidade de turbulência severa nas próximas décadas.
  • Estudos indicam que a turbulência deve aumentar em várias regiões do mundo, afetando a segurança das viagens aéreas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Mudanças climáticas alteram a temperatura do planeta e intensificam turbulências em voos William Alves

As mudanças climáticas têm alterado não apenas a temperatura do planeta como também influenciado na aviação, tornando os voos mais turbulentos e, consequentemente, aumentando o número de pessoas feridas nesses eventos. É o que diz reportagem publicada pela rede BBC.

Só nos Estados Unidos, houve 207 feridos graves — em que um indivíduo ficou internado por mais de 48 horas — desde 2009, segundo dados oficiais do NTSB, o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes. A maioria, 166, era formada por tripulantes, que por desenvolverem as atividades inerentes à função durante os voos, nem sempre estão com os cintos de segurança afivelados.


À medida que as mudanças climáticas alteram as condições atmosféricas, especialistas alertam que as viagens aéreas podem se tornar mais turbulentas: espera-se que mudanças de temperatura e mudanças nos padrões de vento na atmosfera superior aumentem a frequência e a intensidade de turbulências severas.

“Podemos esperar uma duplicação ou triplicação na quantidade de turbulência severa ao redor do mundo nas próximas décadas”, diz o professor Paul Williams, cientista atmosférico da Universidade de Reading.


“Para cada 10 minutos de turbulência severa vivenciados atualmente, isso pode aumentar para 20 ou 30 minutos.”

Então, se a turbulência se tornar mais intensa, ela também poderá se tornar mais perigosa - ou existem maneiras inteligentes de as companhias aéreas tornarem seus aviões mais “à prova de turbulência”?


Turbulência severa é definida como quando os movimentos para cima e para baixo de um avião passando por ar perturbado exercem mais de 1,5 g de força no seu corpo — o suficiente para levantá-lo do assento se você não estiver usando cinto de segurança.

Estimativas mostram que há cerca de 5.000 incidentes de turbulência severa ou maior a cada ano, de um total de mais de 35 milhões de voos que decolam globalmente.


Dos ferimentos graves causados a passageiros que voaram ao longo de 2023, quase 40% foram causados por turbulência, de acordo com o relatório anual de segurança da Organização da Aviação Civil Internacional.

A rota entre o Reino Unido e os EUA, Canadá e Caribe está entre as áreas afetadas. Nos últimos 40 anos, desde que os satélites começaram a observar a atmosfera, houve um aumento de 55% na turbulência severa sobre o Atlântico Norte.

Mas a frequência da turbulência também deve aumentar em outras áreas, de acordo com um estudo recente — entre elas, partes do Leste Asiático, Norte da África, Pacífico Norte, América do Norte e Oriente Médio.

Embora a relação entre mudanças climáticas e tempestades seja complexa, uma atmosfera mais quente pode reter mais umidade - e esse calor e umidade extras se combinam para criar tempestades mais intensas.

Algumas turbulências sequer são detectadas pelos radares meteorológicos a bordo das aeronaves, o que agrava ainda mais as consequências dessas condições. Por isso, especialistas e companhias aéreas apelam para que passageiros voem sempre com os cintos atados, mesmo quando os avisos luminosos estiverem apagados.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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