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Luiz Fara Monteiro

Vídeo mostra diretor da OMS sendo retirado às pressas de aeroporto iemenita em meio a ataque israelense

Tedros Adhanom foi retirado da sala de embarque por seguranças e assessores durante bombardeio ao Aeroporto Internacional do Iêmen

Luiz Fara Monteiro|Luiz Fara MonteiroOpens in new window

Tedros Adhanom deixa a sala de embarque durante bombardeio em Sanaa Reprodução CCTV

Sanaa, capital do Iêmen, 24 de dezembro de 2024. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, o etiope Tedros Adhanom Ghebreyesus, está sentado, tranquilo, em uma poltrona confortável em um lounge no Aeroporto Internacional da cidade.

Vestindo terno, sem gravata, Adhanom aguardava o embarque do voo que o levaria de volta à Genebra, na suíça, sede da OMS.

De repente um primeiro estouro é ouvido ao fundo. Um homem alto, vestindo jeans, camiseta escura e tênis branco se aproxima e inclina o corpo em direção a uma janela. Em fração de segundos ele percebe o início de um bombardeio. Simultaneamente ele estende os braços para puxar o diretor da OMS e o escolta, correndo, para fora do lounge. Uma mulher vestida com túnica e lenço (abaya e hijab) sentada ao lado de Adhanom também se levanta rapidamente e segue atrás, com as mãos nas costas do líder da Organização Mundial da Saúde.


O vídeo do circuito interno da sala de embarque registra o início do ataque aéreo promovido por Israel ao aeroporto de Sanaa. As tensões entre o movimento Houthi do Iêmen, financiado pelo Irã, e o governo israelense aumentaram nas últimas semanas, com os Houthis intensificando os ataques contra Israel em um esforço para pressionar o país a encerrar os combates em Gaza.

O chefe da OMS e seus assessores estavam no Iêmen para negociar a libertação de funcionários da ONU detidos e avaliar a situação sanitária e humanitária do país.


“Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas foram mortas no aeroporto. A torre de controle de tráfego aéreo, a sala de embarque — a poucos metros de onde estávamos — e a pista foram danificadas”, disse Adhanom, que saiu ileso do terminal.

O governo israelense afirmou que o ataque foi direcionado a alvos Houthis que estavam no aeroporto. Portos da capital iemenita e uma estação de energia da cidade também foram alvos dos ataques.


Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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