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Da cana ao copo: São Paulo e suas Rotas da Cachaça

Maior produtor do país aposta no turismo e na valorização dos alambiques

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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Felicio Ramuth, Vice-Governador de São Paulo, falou ao Mundo Agro sobre as Rotas da Cachaça de SP Foto: Arquivo pessoal

Água-ardente, caninha, pinga… seja qual for o nome, a cachaça é a bebida mais antiga do Brasil. E São Paulo é o maior estado produtor e consumidor no país.

Regulamentada pelo Decreto nº 4.062/2001, a cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar produzida no Brasil. Além disso, possui Indicação Geográfica brasileira, reconhecida internacionalmente como símbolo de autenticidade, conforme a Portaria MAPA nº 539/2022.


A história da cana-de-açúcar no Brasil teve início em 1532, com a chegada da expedição comandada por Martim Afonso de Sousa, responsável pela primeira iniciativa oficial de colonização portuguesa.

Agora, São Paulo passa a contar com uma rota exclusiva para descobrir e valorizar as melhores cachaças do estado.


O Mundo Agro entrevistou o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth, que destacou o lançamento do novo roteiro como mais um avanço da política de valorização do agronegócio, do turismo rural e dos produtores paulistas.

Mundo Agro – O que representa o lançamento das Rotas da Cachaça para o Estado de São Paulo?


Felicio Ramuth: As Rotas da Cachaça são mais uma iniciativa estratégica da nossa gestão, que se soma à Rota dos Queijos e à Rota dos Vinhos. No caso da cachaça, estamos falando de 65 municípios organizados em oito rotas, com o objetivo de valorizar os produtores de alambique e fortalecer o turismo rural. É um setor que merece destaque e apoio.

Mundo Agro – Qual é o impacto dessa rota para os produtores paulistas?


Felicio Ramuth: O impacto é direto. Estamos valorizando quem produz com qualidade, abrindo novas oportunidades de mercado e promovendo o turismo ligado à produção. Além disso, avançamos na fiscalização do setor, sempre em parceria com os próprios produtores, para garantir que quem faz bem feito seja reconhecido e fortalecido.

Mundo Agro: Há novidades em relação ao apoio financeiro aos produtores?

Felicio Ramuth: Sim. Lançamos uma nova linha de financiamento por meio do Desenvolve SP, o banco de fomento do Estado. Essa linha foi pensada especificamente para atender os produtores, ampliando o acesso ao crédito e contribuindo para o crescimento e a modernização do setor.

Mundo Agro: A Rota da Cachaça também tem um foco turístico. Como isso funciona na prática?

Felicio Ramuth: Sem dúvida. A rota oferece muito mais do que a experiência de degustar uma cachaça de qualidade. Ela proporciona uma vivência completa, ligada ao turismo e à sustentabilidade, com visitas aos produtores, acompanhamento do processo produtivo desde o campo até a saída da garrafa e, em muitos casos, até hospedagem nas próprias fazendas.

Mundo Agro: São Paulo registrou um superávit importante no agronegócio. A que o senhor atribui esse resultado?

Felicio Ramuth: Esse resultado não veio por acaso. Ele é fruto de uma série de ações, como a ampliação das linhas de financiamento, o fortalecimento do seguro rural — com subsídio do governo do Estado — e o apoio constante aos produtores. Mesmo diante de desafios recentes, como questões tarifárias, o produtor paulista demonstrou criatividade e capacidade de adaptação, seja no setor do café ou em outros segmentos do nosso agronegócio.

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