Exclusivo: Agricultoras de SP recebem R$ 25 milhões em linha de crédito rural
Com juros reduzidos e prazos estendidos, agricultoras paulistas fortalecem a produção, inovam no cultivo e transformam suas realidades

Martina, Regiane e Vanessa são protagonistas de uma nova fase do agronegócio paulista. Todas elas têm algo em comum: determinação, coragem e visão de futuro.
E hoje, aqui no Mundo Agro, você vai conhecer um pouco mais das histórias delas com exclusividade.
Essas e outras mulheres transformam desafios em oportunidades e mostram que o campo tem, cada vez mais, voz e rosto femininos. E eu estarei aqui, do outro lado, sempre para mostrar cada conquista delas — e do nosso agro!
Impulsionadas por uma linha de crédito exclusiva para agricultoras, o FEAP Mulher, criado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, já destinou mais de R$ 25 milhões em crédito rural com condições acessíveis, beneficiando cerca de 800 produtoras entre 2024 e 2025.
“Embora já estejam à frente de cerca de 39% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros, segundo o Censo Agro 2017 (IBGE), as mulheres ainda enfrentam dificuldades no acesso a crédito, assistência técnica e infraestrutura. Ao criar uma linha específica, a SAA busca reduzir desigualdades históricas de acesso a políticas públicas no meio rural, impulsionar o protagonismo feminino na produção agrícola, fomentar a equidade de gênero e fortalecer o papel da mulher na gestão, produção e inovação no campo”, explicou Felipe Alves, secretário-executivo do FEAP, a iniciativa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).
Vem comigo ver a transformação que essa linha de crédito exclusiva fez!
Depois de 20 anos trabalhando como gerente financeira de uma rede de lojas de enxovais, Martina tomou uma decisão ousada: foi se dedicar à produção de queijo artesanal. Com o auxílio do FEAP Mulher, ela saiu de Boituva e montou seu próprio estabelecimento na capital. Com o crédito, adquiriu equipamentos que garantem a qualidade do leite e a padronização da produção.
“Quando houve a mudança para São Paulo, consegui elaborar um modelo de negócio para montar a queijaria. E foi nessa montagem que pedi o financiamento do FEAP Mulher, especificamente para a compra de equipamentos. Esses materiais ajudam a garantir a qualidade da produção e do leite. Por mais que eu seja uma produtora artesanal, preciso fazer tudo da forma correta. O gerador, o ar-condicionado, por exemplo, mantêm o leite nas condições ideais. Com o analisador de leite, consigo verificar suas propriedades e como será o meu queijo. E todos esses equipamentos eu consegui graças ao FEAP Mulher, trazendo mais qualidade ao produto”, destacou Martina Sgarbi.

Já Regiane Souza, de Guararema, também deixou a carteira assinada para investir no cultivo agrícola. Ela usou o financiamento para diversificar sua plantação de frutas orgânicas, como morangos, bananas, amoras e framboesas, melhorando o sistema de cultivo e ampliando o turismo rural.
“Quando comecei a produção de morangos, participei de uma reunião com a CATI para conhecer a proposta da linha de crédito e acabei solicitando o financiamento para ampliar o cultivo. É um incentivo maravilhoso, que me permitiu não apenas aumentar a produção, mas também reformar o sistema de cultivo, facilitando a atividade com turistas e a colheita. Foi um incentivo maravilhoso, que nos permite colher os frutos antes mesmo de começar a pagar o financiamento”, contou Regiane.
E, em Suzano, Vanessa Saltiles é um exemplo de resiliência e dedicação à agricultura familiar. Filha de agricultor, cresceu ajudando nas feiras e, eventualmente, na roça — experiência que despertou seu amor pela terra desde a infância. Após o falecimento do pai, decidiu continuar na atividade por conta própria, arrendando a área onde hoje cultiva olerícolas como alface, couve e escarola.
Determinada a seguir na agricultura, investiu em máquinas e reduziu custos com mão de obra, substituindo o uso de herbicidas e tornando sua produção mais sustentável.
“Antes de adquirir o trator com canteiradeira e a roçadeira, por meio do FEAP Pró-Trator e do FEAP Mulher, eu pagava pelo serviço de tratorista e, eventualmente, precisava contratar um diarista para ajudar também no controle do mato. Agora, além de economizar nesses gastos, deixei de usar herbicidas para capina química, contribuindo para um menor impacto no meio ambiente”, disse Vanessa.
Para solicitar o crédito rural, as produtoras podem procurar as Casas da Agricultura ou as unidades regionais da CATI. E não é só crédito que elas recebem: também têm acompanhamento técnico e apoio na elaboração de projetos. As taxas de juros são de apenas 2% ao ano, com prazo de pagamento de até 84 meses.
“Para gerar impacto real na qualidade de vida e na renda das produtoras rurais, o FEAP Mulher proporciona boas condições de financiamento, com prazo de pagamento de até 84 meses e juros reduzidos de 2% ao ano. Isso permite que as produtoras colham os frutos do investimento antes mesmo de iniciar o pagamento, garantindo melhor estrutura financeira e mais segurança para empreender”, ressaltou Felipe.
Martina, Regiane e Vanessa parabéns! Vocês são exemplos para muitas outras mulheres. É preciso muita coragem, determinação e força de vontade para virar, literalmente, a chave e apostar em um novo negócio. E se é no agro, com um apoio desses, o sucesso é garantido!
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