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Mentoria fortalece liderança feminina no agronegócio

Programa visa acelerar carreiras e ampliar protagonismo setor

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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Força feminina no campo: programa quer acelerar carreiras e ampliar protagonismo no agronegócio Foto: Arquivo pessoal

A presença feminina no agronegócio cresce ano após ano e já representa 38% da força de trabalho do setor. Com a digitalização do campo e a chegada de novas tecnologias, o espaço para mulheres em posições estratégicas tende a ser ainda maior.

Para acelerar esse movimento, programas de mentoria têm ganhado relevância, oferecendo ferramentas de liderança, visão de carreira e desenvolvimento profissional.


O Mundo Agro conversou com Maria Antonietta Russo, VP de Pessoas, Cultura e Organização da TIM, sobre o Programa de Mentoria para Mulheres do Agronegócio, que teve início em outubro de 2025 e se estenderá até março de 2026.

Maria Antonietta Russo, VP de Pessoas, Cultura e Organização da TIM Foto cedida: TIM

Mundo Agro: Qual lacuna do setor a TIM identifica quando o assunto é diversidade e representatividade feminina?


Maria Antonietta Russo: A TIM lidera a digitalização do agronegócio. Ao mesmo tempo, temos o compromisso de empoderar cada vez mais mulheres para que possam avançar em suas carreiras. Estamos juntando essas duas frentes em um novo programa de mentoria, focado em um setor que é responsável por 26% dos postos de emprego no Brasil e onde a equidade de gênero vem evoluindo.

Hoje, as mulheres representam 38% da força de trabalho no agro e essa participação tende a aumentar ainda mais, principalmente com o avanço da tecnologia nas áreas rurais. Queremos estimular um agronegócio mais inovador, diverso e sustentável, onde cada mulher tem espaço para crescer e transformar o futuro.


Mundo Agro: Como a mentoria pretende contribuir para uma mudança estrutural no setor?

Maria Antonietta Russo: Essa é a sexta onda de mentoria para mulheres que a TIM promove (as iniciativas anteriores já impactaram mais de 550 mulheres de companhias de diferentes segmentos). A ideia é ampliar perspectivas de carreira por meio de mentorias individuais, rodas de conversa e encontros coletivos.


Mundo Agro: BP Bionergy, Jalles e CNHi Agrícola foram escolhidas para a primeira etapa do programa. Qual foi o critério para escolher essas empresas parceiras? Tem pretensão de expandir para outras companhias nas próximas edições?

Maria Antonietta Russo: Para compor o time de mentoras e mentoradas, a TIM buscou apoio dentre seus parceiros comerciais – para os quais provê conectividade em áreas agrícolas – e inicia a jornada com três empresas convidadas, que também possuem iniciativas para ampliar a participação das mulheres no mercado de trabalho. A operadora é, hoje, líder em cobertura 4G no campo, alcançando 23,5 milhões de hectares no Brasil, e tem outros parceiros comerciais. Por isso, a iniciativa pode ser ampliada futuramente.

Mundo Agro: Como essas empresas colaboram na curadoria e no acompanhamento das profissionais indicadas?

Maria Antonietta Russo: As empresas são responsáveis por indicar profissionais alinhadas ao perfil do programa e acompanham sua evolução durante todo o processo. A curadoria técnica, assim como o matching das duplas de mentoras e mentoradas, é conduzida pela CMI Business Transformation, garantindo que cada dupla tenha complementaridade estratégica. As organizações mantêm um papel ativo no acompanhamento da jornada, reforçando o compromisso conjunto com o desenvolvimento das participantes.

Mundo Agro: Quais competências de carreira e liderança serão priorizadas ao longo dos sete meses?

Maria Antonietta Russo: Serão trabalhadas competências essenciais para acelerar a carreira dessas mulheres, como visão estratégica, influência, comunicação, tomada de decisão, gestão de carreira, construção de rede e liderança inclusiva. A mentoria foi desenhada para ampliar perspectivas profissionais e fortalecer habilidades-chave para quem deseja evoluir para posições de maior responsabilidade no setor.

Mundo Agro: Quantas mulheres participam dessa primeira edição?

Maria Antonietta Russo: A primeira edição contará com 15 profissionais de nível pleno, com experiência entre 3 e 6 anos no setor de agronegócio. Elas atuam em diferentes áreas do agro e representam a diversidade regional das operações dessas companhias, trazendo olhares complementares para o desenvolvimento coletivo.

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