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Minério encontrado no Ceará pode ser transformado em material 100 vezes mais resistente que o aço

Pesquisa brasileira avança na busca por alternativas viáveis ao grafeno puro

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um novo minêrio encontrado no Ceará pode ser utilizado para criar um material 100 vezes mais resistente que o aço.
  • Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará descobriram que o grafite de Canindé pode ser transformado em nanoplacas semelhantes ao grafeno.
  • A pesquisa visa valorizar recursos minerais locais e fortalecer a economia de forma sustentável, gerando empregos e capacitação técnica.
  • O estudo abre oportunidades para o Ceará se tornar um polo de inovação em diversas aplicações tecnológicas, como baterias e filtros ambientais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Grafite do sertão mostra potencial para aplicações tecnológicas de alto desempenho Foto cedida: Ribamar Neto/UFC

Um minério encontrado no sertão cearense pode colocar o Nordeste no mapa mundial dos materiais avançados. Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com instituições nacionais, comprovaram que o grafite natural de Canindé — município localizado a cerca de 110 quilômetros de Fortaleza — pode ser transformado em nanoplacas com propriedades muito próximas às do grafeno, material considerado o “supercarbono” do século XXI por sua resistência cem vezes superior à do aço, leveza extrema e condutividade elétrica e térmica excepcionais.

O grafeno é derivado da grafita, o mesmo mineral usado na fabricação do grafite dos lápis. A diferença está na estrutura: enquanto a grafita é composta por várias camadas de átomos de carbono, o grafeno é formado por uma única ou poucas camadas, o que confere a ele características únicas.


“Nosso objetivo é valorizar os recursos minerais locais, gerar emprego e qualificação técnica e fortalecer a economia de forma responsável, alinhada às demandas ambientais e sociais da região”, disse Lucilene Santos, do Departamento de Geologia da UFC, integrante da equipe de pesquisa.

Lucilene Santos, do Departamento de Geologia da UFC, integrante da equipe de pesquisa Foto cedida: Ribamar Neto/UFC

O estudo, publicado na revista Materials — referência internacional em ciência de materiais —, abre caminho para que o Ceará se torne um polo de inovação em aplicações que vão desde baterias e sensores até tintas condutivas e filtros ambientais.


A pesquisa é fruto de um esforço conjunto entre universidades, institutos de pesquisa e o setor privado, e busca transformar o potencial mineral do estado em valor agregado, tecnologia e desenvolvimento sustentável.

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