O sol não perdoa
Sol em excesso deixa marcas e cicatrizes que ninguém vê

O sol, tão importante para o cultivo e fundamental para a nossa vida, também pode colocar tudo a perder.
Eu me lembro como se fosse hoje. Estava um dia ensolarado: bora colocar o bronzeamento da pele em dia. Mesmo com protetor, eu ficava exposta aos raios ultravioletas nos horários que todo mundo alertava serem perigosos.
Ser bronzeada era sinônimo de saúde. Eu estava enganada.
Um dia, em uma consulta com a dermatologista, ela comentou: “Você está com a pele de quem trabalha na roça”. Eu não gostei da comparação. Saí do consultório reclamando com a minha mãe.
Quando olho algumas fotos antigas, me deparo com um bronze daqueles. Mas eu não imaginava o que me esperava.
Sim. Dois cânceres de pele diferentes: um basocelular, que exigiu uma cirurgia no Hospital A.C. Camargo e me deixou com oito pontos na testa; e um espinocelular. Esse, em 2023, literalmente me marcou. Fiquei com o rosto todo cheio de feridas durante o tratamento. O que eu passei não desejo para ninguém.
Eu já escrevi sobre isso aqui no blog. Mas em toda campanha do Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, eu estou lá. Me envolvo, participo e divido a minha história.

É preciso alertar: a exposição excessiva ao sol — mesmo com proteção solar — causa câncer de pele.
Eu já não sou mais a mesma. A Fabi sem chapéu não é mais a Fabi de hoje. Com ou sem protetor solar, lá vai a Fabi de boné ou chapéu.
Além do protetor solar e do uso de acessórios de proteção, eu também tomo protetor solar em cápsulas.

Passei a ter medo do sol. O sol, que faz tão bem para a gente — pela vitamina D, para os cultivos — também pode nos afetar de um jeito que muda nossas vidas para sempre.
Então, você, profissional que fica exposto ao sol por várias horas, seja na cidade ou no campo, proteja-se. Use protetor solar e demais acessórios de proteção. Faça seu check-up. A cor da sua pele não é melhor nem pior do que a do outro. O bronze causado pela exposição excessiva só trará consequências no futuro.
Eu e minha mãe carregamos cicatrizes no rosto por uma vaidade. E eu ainda deixei de ajudar o próximo que precisa de uma doação de sangue. É isso mesmo: a minha vaidade hoje me impede de doar sangue para quem mais precisa.

E você? Vai demorar muito para entender a importância de proteger a nossa pele? Consulte seu dermatologista! A hora é agora!
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