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Quais são os desafios do vinho brasileiro no próximo ano?

Especialista destaca o papel da Wine South America, analisa o mercado e projeta crescimento do consumo de vinho

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Marcelo Copello analisa a qualidade dos vinhos brasileiros e compara a safras antigas com internacionais.
  • A falta de promoção dos vinhos nacionais é um desafio, com feiras como a Wine South America sendo fundamentais.
  • Impostos elevados e custos de produção altos impactam o preço do vinho brasileiro, que se posiciona no nicho médio-alto do mercado.
  • O interesse do consumidor por vinhos cresce, com perspectivas positivas de aumento de consumo até 2026.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Marcelo Copello durante o Brasil de Guarda, do Grupo Baco e Wine South America Foto: Arquivo pessoal

Um dos principais nomes do jornalismo de vinhos no Brasil, Marcelo Copello foi quem conduziu o Brasil de Guarda, evento promovido pelo Grupo Baco e Wine South America, em São Paulo.

Em conversa com o Mundo Agro, ele avaliou a qualidade dos vinhos brasileiros, comparou safras históricas com grandes regiões internacionais, comentou os desafios de custo e promoção e analisou o cenário do mercado para 2026.


Wine South America é vitrine estratégica para o vinho brasileiro Foto: Arquivo pessoal

Mundo Agro: O que você observou sobre as safras apresentadas durante o Brasil de Guarda?

Marcelo Copello: Os mais antigos foram 1973, 1983 e 1993. A safra de 2005 é uma boa safra, isso faz toda a diferença, a gente sente no sabor.


Mundo Agro: Falta promoção para o vinho brasileiro?

Marcelo Copello: Falta o Brasil promover mais os nossos vinhos. A importância das feiras é fundamental. Itália e Portugal fazem um trabalho muito forte no Brasil, investem muito dinheiro e muitas ações. A gente ainda é pequeno perto disso.


Mundo Agro: Além da divulgação, o preço é um desafio?

Marcelo Copello: Primeiro, o imposto é cruel, tanto para o produto importado quanto para o nacional. O custo de produção aqui é maior porque as vinícolas são menores. A Serra Gaúcha é colinar, difícil de mecanizar. Muitos insumos são importados: barrica, garrafa, rolha. Então o nosso produto acaba sendo caro.


Mundo Agro: Isso define o posicionamento do vinho brasileiro no mercado?

Marcelo Copello: Tem poucos produtores que conseguem volume com preço. Então o vinho brasileiro precisa brigar no nicho médio-alto, não no de entrada.

Mundo Agro: O que esperar da próxima edição da feira Wine South America?

Marcelo Copello: A Wine South America é uma feira que veio para ficar. É muito importante ser no Rio Grande do Sul, porque mostra a Serra para os visitantes e promove o vinho brasileiro como um todo. Quem vai acaba ficando alguns dias, isso é muito bom.

Mundo Agro: Qual a importância da feira para o setor?

Marcelo Copello: Ela traz produtor, visitante e jornalista para fazer business to business no coração vinícola brasileiro. É muito importante a Wine South America existir e estar lá.

Mundo Agro: Como você avalia o mercado brasileiro de vinho hoje e para 2026?

Marcelo Copello: Nos meus 35 anos de experiência, o interesse do consumidor sempre cresceu. O consumo cresce devagar, mas cresce. Ele oscila conforme a macroeconomia, câmbio e cenário mundial. Mas o interesse e o potencial de crescimento são irreversíveis.

Mundo Agro: Para finalizar, em uma palavra: o que é o vinho brasileiro hoje?

Marcelo Copello: Qualidade.

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