Produção de palma no Pará cresce com práticas regenerativas e parcerias
Iniciativas sustentáveis conectam produtores, empresas e comunidades, promovendo crescimento responsável do setor
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A sustentabilidade na cadeia da palma é um tema estratégico para o agronegócio e para a preservação ambiental.
Em entrevista ao Mundo Agro, durante a 10ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, Andresa Dias, coordenadora de Projetos para a América Latina na Earthworm Foundation, detalhou como iniciativas de agricultura familiar e práticas regenerativas estão transformando a produção de palma no Brasil e em outros países da região.

Mundo Agro: Vamos falar de agricultura regenerativa na cadeia da palma e o trabalho feito pela entidade na América Latina.
Andresa Dias: Nosso trabalho acontece junto aos clientes que compram a palma. O Brasil ainda não produz palma suficiente para atender à demanda dos derivados, então importa parte do produto. O local onde a Agropalma atua possui um zoneamento ecológico e econômico específico para palma, e não é permitido desmatar para plantar. Isso já traz uma grande vantagem em relação a outros óleos.
A parceria entre agricultura familiar e empresas é muito comum na região. Há empresas que obtêm até 75% do seu fornecimento de palma por meio da agricultura familiar. Além disso, como a malha fundiária nem sempre é regularizada, essa parceria é uma forma segura de expandir a produção e manter um relacionamento duradouro com os produtores.
Mundo Agro: E como vocês assistem esses produtores?
Andresa Dias: A Agropalma oferece assistência total. O programa nasceu de uma política governamental que incentivou a parceria entre empresas e comunidades, com financiamento para plantar palma e a garantia de compra por 25 anos. Além de fornecer mudas de qualidade, orientação técnica e acompanhamento, a empresa garante que o produtor terá mercado para seu produto, conectando-o diretamente ao consumidor.
Hoje, a região conta com mais de 3 mil produtores familiares, e ainda há grande potencial de expansão, pois algumas áreas só começaram a produzir há 25 anos.
Mundo Agro: Quais são os desafios do setor?
Andresa Dias: O maior desafio é o desconhecimento. Muitas pessoas acreditam que a produção de óleo de palma exige desmatamento. O setor precisa comunicar melhor essas práticas sustentáveis para que o consumidor entenda que a produção pode gerar desenvolvimento socioeconômico sem prejudicar o meio ambiente. Além disso, essas práticas impactam diretamente a vida de famílias, como muitas donas Benedita, que conseguem sustentar e educar seus filhos, gerando desenvolvimento territorial real.
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