Valdemar deve dizer à PF que não conhece juiz suspeito de ajudar PL em relatório contra urnas
Depoimento de Valdemar está marcado para 14h30, o ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, também irá depor
Quarta Instância|Do R7
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deve dizer à Polícia Federal nesta quinta-feira (12) que não conhece o juiz federal Sandro Nunes Vieira, afastado da função por suspeita de auxiliar o PL a elaborar uma representação eleitoral contra as urnas eletrônicas. O político também deve dizer que nunca tratou de questões sobre o tema com Sandro. O depoimento de Valdemar está marcado para 14h30. O ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, também irá depor às 14h.
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Em novembro, a Polícia Federal decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas. Entre elas, estão os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto. Se forem denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República), os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O relatório da Polícia Federal sobre o suposto plano está na PGR (Procuradoria-Geral da República). O documento será analisado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, instituição ligada ao gabinete do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O documento foi enviado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
O indiciamento é um ato formal realizado pela autoridade policial durante a investigação de um crime. Ele ocorre quando, com base nas provas coletadas, os investigadores identificam uma pessoa como suspeita principal da prática de um delito e formaliza essa suspeita no inquérito.
Núcleos do grupo
A investigação da Polícia Federal identificou que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de seis grupos:
- Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
- Núcleo Responsável por Incitar Militares a aderirem ao Golpe de Estado;
- Núcleo Jurídico;
- Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
- Núcleo de Inteligência Paralela;
- Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas
A operação revelou um plano detalhado denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo a execução do então presidente eleito Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, com data prevista para 15 de dezembro de 2022. O plano também mencionava a morte do ministro Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado constantemente, caso a ação golpista fosse bem-sucedida.
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