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Governo renova projeto de preservação de recifes após 1º ciclo alcançar menos de 50% das metas no prazo

2ª Ciclo do Pan Corais começa em novembro e segue até 2030; plano quer proteger 53 espécies ameaçadas de extinção

R7 Planalto|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Governo renova o PAN Corais após o primeiro ciclo ter cumprido menos de 50% das metas estabelecidas.
  • O novo ciclo começará em 3 de novembro e terá como foco a proteção de 53 espécies ameaçadas de extinção.
  • O plano priorizará áreas como o Banco de Abrolhos, importante complexo de recifes no Brasil.
  • Ações para a proteção já estão financiadas pelo governo e setor privado, incluindo iniciativa do BNDES.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Segundo ciclo do Pan Corais é válido até 2030 Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo federal decidiu renovar para um segundo ciclo o PAN Corais (Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos) depois do primeiro ciclo, implementado entre 2016 e 2021, alcançar menos de 50% das metas dentro do prazo estabelecido.

Segundo o painel de gestão do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável pela iniciativa, no primeiro PAN Corais 17% das metas não foram iniciadas no período previsto e outras 37% foram iniciadas, mas não concluídas dentro do cronograma.


O novo ciclo do Plano de Ação começa em 3 de novembro e segue até 2030. Ao R7 Planalto, o coordenador do Centro Tamar-ICMBio e Coordenador do Pan Corais, Joca Thomé, explica que agora eles restringiram a atuação para pontos prioritários.

“Quando você faz o primeiro planejamento quer fazer tudo e a prática vai te dizendo o que anda bem e o que não avança. Neste segundo ciclo, já temos mais maturidade, priorizamos objetivos e diminuímos o número de ações e áreas para garantir a efetividade. Isso é muito importante considerando que o Brasil tem 8 mil km² de costa marítima”, conta.


Outro ponto que deixa Joca otimista com a segunda fase do PAN Corais é que muitas ações já estão financiadas.

“Temos financiamento do governo e também do setor privado. O próprio BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], por exemplo, lançou este ano um edital exclusivo para pesquisa e proteção de recifes de corais, e isso é inédito”, detalha.


Ao todo, o plano pretende proteger 53 espécies ameaçadas de extinção, conforme a Lista Nacional de Espécies Ameaçadas — 40 espécies de peixes e 13 espécies de invertebrados aquáticos. Neste segundo ciclo, um dos pontos prioritários de proteção é o Banco de Abrolhos, o maior complexo de recifes de coral do Atlântico Sul, com cerca de 46.000 km², localizado entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo.

Joca reforça que os oceanos são fundamentais para a mitigação da crise climática. Ele explica que os recifes são ambientes marinhos que compõem 1,5% dos oceanos, mas são responsáveis por 25% da biodiversidade marinha.


“São ambientes importantíssimos por várias razões. Os recifes, por exemplo, protegem a costa das grandes tempestades, dos grandes ventos e ondas, porque eles servem como uma barreira”, lista.

Outro papel dos oceanos é como regulador térmico do planeta. “Ele é quem absorve mais calor, mas isso só acontece se o oceano estiver saudável, principalmente as regiões de recifes de corais”.

As principais ameaças listadas pelo plano às espécies ameaçadas são:

  • Pesca predatória;
  • Turismo desordenado;
  • Poluição marinha; e
  • Espécies exóticas invasoras.

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