Apesar de boa avaliação em Porto Alegre, Leite não emplaca seus principais nomes para a Prefeitura
Há uma parcela do eleitorado que ainda não está familiarizada com algumas das pré-candidatas apoiadas pelo governador
Três Poderes|Do R7
No cenário político de Porto Alegre, as eleições de 2024 se desenham para uma vitória de Sebastião Melo, mas o terreno ainda parece instável para algumas alianças e candidaturas que podem mudar esse cenário.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que tem boa avaliação na cidade (de 61%, segundo pesquisa Três Poderes | Real Time Big Data), encontra dificuldades em emplacar seus principais nomes para o pleito. Esta dificuldade pode refletir-se no eleitorado, que muitas vezes busca caras já conhecidas e consolidadas para depositar sua confiança.
Há uma parcela considerável do eleitorado que ainda não está familiarizada com alguns dos pré-candidatos. Any Ortiz, do Cidadania, por exemplo, possui 30% do eleitorado que declara não conhecê-la, enquanto Nadine Anflor, do PSDB, enfrenta um desafio ainda maior, com 38%. Esse desconhecimento pode tanto ser uma oportunidade para esses nomes se apresentarem e conquistarem votos, quanto uma barreira a ser superada.
Além disso, a indefinição sobre uma aliança clara para uma terceira via na cidade adiciona uma camada extra de complexidade ao cenário eleitoral. PT e MDB lideram as pesquisas com Sebastião e Maria do Rosário, primeiro e segundo colocados respectivamente, mas as discussões internas acerca de possíveis alianças entre PSDB, PDT e Cidadania ainda não encontraram um desfecho.
Uma tendência clara que emerge é a possibilidade de uma polarização, tão presente em outras esferas políticas, também se manifestar em Porto Alegre em 2024. É importante ressaltar que Sebastião Melo, líder nas pesquisas, apoiou Bolsonaro em 2022, o que pode influenciar a cabeça de um eleitorado mais conservador da cidade. Em cenários de segundo turno com pré-candidatas de esquerda, Maria do Rosário perde de 53% a 33%, e Luciana Genro (PSOL), por 55% a 29%.
Atualmente, Sebastião lidera com folga, contando com uma alta aprovação de sua gestão, avaliada em 58%. Ele se posiciona à frente em ambos os cenários espontâneos e estimulados, o que fortalece sua posição como favorito. No entanto, é preciso ponderar que ainda há muito chão pela frente até outubro, e o cenário político pode sofrer mudanças significativas ao longo do tempo.
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