Cursos à distância: ‘A presença física não é, por si só, sinônimo de qualidade’, diz especialista
Decreto presidencial proibiu a oferta da modalidade em direito, medicina, enfermagem, odontologia e psicologia
Conexão Record News|Do R7
Em entrevista ao Conexão Record News desta terça-feira (20), o PhD em educação Rafael Parente comenta o decreto que proíbe o ensino à distância em cursos de direito, medicina, enfermagem, odontologia e psicologia.
“Tem cursos que a gente não consegue imaginar como sendo EaD. A gente não pode formar um médico, ou um dentista, se a pessoa não for pra parte prática”, diz Parente. No entanto, o especialista pondera que a modalidade, para muitos brasileiros, é a única forma de entrada no ensino superior. “72% das pessoas que estudam EaD trabalham 40 horas por semana, e muitos deles vivem longe dos grandes centros urbanos”, explica.
O PhD em educação mostra alguns pontos positivos do decreto. “Esse novo decreto traz grandes avanços, por exemplo, o modelo semipresencial, que não existia, passa a existir. A exigência de infraestrutura mínima nos polos de EaD é um avanço super importante, a valorização do papel pedagógico dos tutores também é importante”, diz.
Segundo Parente, a discussão deveria estar em torno da qualidade da educação. “Nosso foco precisa ser na qualidade do resultado do processo de aprendizagem. A gente tem excelentes cursos presenciais, excelentes cursos à distância, como a gente tem cursos ruins também. [...] A presença física não é, por si só, sinônimo de qualidade”, completa.
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