Alzheimer: sem cura, progressiva e complexa, doença é grande desafio para a medicina
Alterações no cérebro provocam a morte celular acometendo pensamento, memória, comportamento e funcionalidade
Estúdio News|Do R7
O Alzheimer, doença neurológica progressiva, degenerativa, ainda é uma doença sem cura, bastante complexa e entre os vários tipos de demência existentes, a mais comum.
Alterações no cérebro provocam a morte celular acometendo pensamento, memória, comportamento e funcionalidade.
Carla Núbia Borges, diretora científica da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz Nacional), explica que do ponto de vista clínico, na prática ainda é muito difícil fazer um mapeamento genético, principalmente no Brasil onde há uma miscigenação muito grande.
“As doenças neurológicas em geral são muito complexas, as doenças neurodegenerativas, incluindo a de Alzheimer, são mais difíceis por isso. No caso da demência de Alzheimer, muitas vezes o diagnóstico é feito em uma fase mais avançada, uma fase moderada em que o paciente já tem as dificuldades do dia a dia”, complementa Keila Narimatsu, neurologista do Hospital Moriah.
A diretora da ABRAz Nacional, diz que nem sempre a doença começa pela memória, “às vezes a pessoa pode começar um quadro demencial com distúrbios de comportamento, uma apatia inexplicada, um distúrbio de delírio de ciúme, delírio de perseguição, um quadro absolutamente diferente de seu padrão ou na funcionalidade, atividades que pareciam corriqueiras do seu dia a dia, automatizadas e que perdem a sequência lógica, perdem seu poder de conclusão de forma eficaz”, ressalta Carla.
A percepção precoce e a busca por um serviço de saúde aos primeiros sinais são fundamentais, visto que o tratamento retarda os efeitos do Alzheimer, possibilitando ao paciente e ao seu cuidador uma melhor qualidade de vida.
“É importante que toda queixa de memória seja valorizada, mas toda queixa de memória tem que ser investigada porque ela necessariamente será uma consequência da doença de Alzheimer”, alerta Carla.
“O diagnóstico é clínico, é fundamental que o geriatra, o psiquiatra, o neurologista, faça uma boa história, é sempre importante a pessoa que mora junto ou um amigo próximo, um familiar, venha junto para contar detalhes da história e do que está acontecendo, tempo de evolução e como começou”, destaca a neurologista do Hospital Moriah.
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