53% dos brasileiros preferem comprar casa a apartamento
Tendência por tipo de empreendimento se intensificou no ano passado, início da pandemia da covid-19, por causa do home office
Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7
Depois de morarem durante 4 anos em um apartamento no bairro da Pompeia, na zona oeste da capital de São Paulo, o casal Alberto Vieira e Thiago Campos, decidiram comprar uma casa em Indaiatuba, no interior de São Paulo.
O local e o tipo de imóvel foi escolhido por quatro motivos: ter mais espaço aberto para sua cachorrinha Pudim, mais contato com a natureza e a calmaria e segurança que o interior pode proporcionar para a família.
Atuo na indústria farmacêutica e viajo muito%2C por isso escolhemos uma cidade que ficasse próxima a um aeroporto [no caso o Viracopos%2C em Campinas] e que não fosse tão distante da capital de São Paulo.
Alberto e Thiago não estão sozinhos nesse movimento. A maioria dos brasileiros que tem o sonho de comprar um imóvel próprio prefere uma casa em vez de um apartamento.
É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Imovelweb, portal imobiliário, com 2.800 internautas que navegam pela plataforma atrás de empreendimentos para comprar.
De acordo com a mostra, 53,25% das pessoas que procuram um empreendimento preferem casa, 22,74% apartamento e 24,02% não têm preferência.
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Além disso, os participantes disseram que gostam mais de imóveis sem mobílias (67,01%).
Os imóveis que mais chamam a atenção na busca nos portais de internet são os que ficam em:
• Condomínios fechados (31,97%),
• Região do interior da cidade (21,04%);
• Grandes (20,37%);
• Apartamentos amplos (18,86%);
• Decorados (12,19%);
• Popriedades de luxo (4,67%);
• Imóveis históricos (4,34%);
• Caros (2,50%); e
• 46,74% têm outros motivos que chamam a atenção.
Quanto à frequência de busca, o quadro fica assim:
• 31,74% pesquisam uma vez ao dia;
• 24,34% consultam várias vezes por semana;
• 20,17% olham uma vez por semana;
• 17,11% fazem buscas várias vezes ao dia;
• 6,04% procuram imóveis uma vez ao mês; e
• 0,60% uma vez ao ano.
Além disso, 59,02% querem um imóvel com área de lazer inclusa, sendo que as de maior interesse são:
• Piscina (62,81%);
• Jardim (49,78%);
• Outros itens de lazer (20,89%);
• Quadra (19,26%);
• Sala multiuso (18,96%);
• Salão de jogos para as crianças (17,33%);
• Todas as opções apresentadas (13,63%);
• Solarium (9,48%);
• Sauna (8,89%);
• Piscina coberta (7,56%);
• Jacuzzi (6,81%).
Tendência começou na pandemia
Para Angélica Quintela, gerente de marketing do Imovelweb, a pesquisa apresenta muitas das tendências que se iniciaram com a pandemia.
Vemos a preferência por casas%2C que costumam ter mais espaço que um apartamento. Isso é uma tendência que se iniciou ano passado%2C com o aumento de locais para trabalho e lazer%2C que hoje é prioridade para muitos brasileiros.
Também é possível observar a preocupação com segurança, que é presente principalmente em cidades grandes, segundo a especialista.
A designer de interiores Denise Bertolini, da BeliArq Arquitetura de Interiores, afirma que viu a demanda por reformas crescer durante a pandemia.
Nós sentimos uma procura no escritório tanto por projetos para novos imóveis quanto por reformas. A maioria queria fazer melhorias nos ambientes da casa%2C criar espaços para trabalho%2C estudo e lazer.
A designer acredita que a pandemia fez as pessoas mudarem a maneira de definir os espaços da casa.
“No ano passado, tivemos projetos de pessoas interessadas em morar no interior ou praia e de preferência em casas. Hoje nós sentimos que as pessoas estão voltando para seus apartamentos nos grandes centros, mas ainda estão interessadas em ampliar cômodos e pensando em reformas para criar espaços mais multifuncionais.”
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