Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Renda Extra

Como aproveitar melhor o dinheiro do 13º; confira dicas

A melhor decisão varia de pessoa para pessoa, dependendo da situação financeira de cada uma, explica o educador financeiro Liao Yu Chieh

Renda Extra|Vinicius Primazzi, do R7*

Fazer uma reserva de emergência é essencial para momentos de dificuldade financeira
Fazer uma reserva de emergência é essencial para momentos de dificuldade financeira

O 13º salário, direito assegurado a quem é empregado sob as regras da CLT, dá ao trabalhador mais fôlego para o fim do ano. Mas o que fazer com esse dinheiro? O educador financeiro do C6 Bank Liao Yu Chieh dá dicas de acordo com cada necessidade.

Não há regras definidas nem fórmula mágica, mas sim uma análise da situação de cada pessoa e sua condição financeira.

Se a pessoa tem dívidas caras, como rotativo do cartão de crédito ou cheque especial, a melhor coisa a fazer com o 13º salário é quitar os débitos. Segundo o especialista, aproveitar o 13º para liquidar o valor total ou parcial da dívida evita que ela aumente exponencialmente.

Leia também

Por outro lado, se não existe uma dívida cara — por exemplo, um crédito consignado ou um financiamento em longo prazo —, é interessante analisar se o débito custa mais do que os juros de renda fixa.


Se a resposta for positiva, o mais recomendável é quitar ou até amortizar essa dívida. Mas, caso seja negativa, o ideal é investir e aproveitar os juros altos na renda fixa. “Invista. Quando os juros caírem e forem inferiores ao custo da dívida, daí vale resgatar o investimento realizado para quitar o financiamento”, explica o educador financeiro.

Quando a pessoa não tem dívidas, o 13º salário pode ser uma boa oportunidade para começar a investir. A recomendação é priorizar a construção de uma reserva de emergência, focada em investimentos com liquidez diária. Aqueles que já têm uma reserva construída podem diversificar, conforme o perfil de risco.


A reserva de emergência, afirma Chieh, é um dinheiro que a pessoa mantém guardado para, em caso de alguma adversidade, conseguir manter os gastos primordiais em dia por algum tempo. “Se a pessoa não tem uma reserva de emergência e tem uma dívida barata, o ideal é que faça uma reserva”, opina ele.

Isso porque, caso não possua esse dinheiro guardado e algum imprevisto aconteça, muito provavelmente você será obrigado a tomar uma dívida cara. Para fazer uma boa reserva de emergência, ele explica uma regra interessante, que chama de "3, 6, 9" — ou seja, cada número corresponde a um múltiplo do gasto mensal da família.


Para os assalariados, o ideal são seis vezes o gasto mensal na reserva, que é o tempo em que a pessoa consegue se recolocar no mercado, em caso de perda de emprego, recuperação de uma doença, acidente etc.

Para quem tem estabilidade de emprego — por exemplo, funcionários públicos —, apenas três meses de gasto mensal guardados são o suficiente para suprir alguma emergência.

Para os autônomos, profissionais liberais, freelancers, o ideal é multiplicar por nove, já que sofrer um problema físico e ficar um tempo sem trabalhar gera uma dificuldade muito grande.

Sobre como fazer uma boa reserva de emergência, o educador financeiro aconselha a sempre pensar em alta liquidez e baixo risco. “A dica é investir o valor em um CDB com liquidez diária e pagar as contas à vista com desconto em 2023. Para ajudar nesse planejamento, é interessante ver qual foi o montante gasto em 2022, corrigir o valor pela inflação e projetar o período de pagamento de acordo com a data de vencimento de cada um desses gastos”, diz Liao.

O dinheiro do 13º também costuma ser usado para fazer compras de fim de ano. Nesse caso, a sugestão é, se possível, não comprometer o valor total recebido, evitar compras por impulso e avaliar alternativas mais econômicas mas que tragam satisfação equivalente. Para isso, o educador financeiro sugere fazer algumas reflexões antes de sair comprando.

“Por exemplo, eu pretendia comprar uma camisa que custa R$ 50 para dar de presente. Considerando que eu conheço a pessoa, existe outra coisa que custe os mesmos R$ 50 e que traga mais satisfação a ela? Ou, então, como o dinheiro está curto, o que eu posso comprar de diferente que custe menos de R$ 50 mas que traga benefícios percebidos semelhantes ao da camisa? ”, explica o economista.

O educador financeiro conclui que contar com o 13º salário para cobrir gastos feitos anteriormente ou despesas cotidianas é um indicativo de que é necessário reorganizar o orçamento mensal. E esta época de virada de ano pode ser uma boa oportunidade para isso.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Lúcia Vinhas.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.