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Renda Extra

Como investir os primeiros R$ 100 na Bolsa de Valores

Aplicação foi considerada a melhor de 2019. Número de investidores mais que dobrou em um ano, passando de 813.291 para 1.678.754

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

A Bolsa de Valores foi o melhor investimento de 2019
A Bolsa de Valores foi o melhor investimento de 2019

A B3, antiga Bovespa, foi o melhor investimento de 2019 e a expectativa é que o desempenho do mercado de ações continue positivo em 2020.

Os bons números da aplicação fizeram com que o volume de investidores dobrasse em 2019 na comparação com o ano anterior, passando de 813.291 para 1.678.754.

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A quantidade de pessoas que está investindo em renda variável vem crescendo nos últimos anos.


Mas, afinal, o que é renda variável?

É uma modalidade de investimento na qual não é possível definir o quanto seu dinheiro vai render em determinado período. É o caso das ações. Essa aplicação costuma ser de maior risco, mas, em contrapartida, seu rendimento pode ser muito maior e em um espaço de tempo mais curto.


“As pessoas começaram a perceber que é possível iniciar nesse mundo com pouco dinheiro e que, mesmo sendo mais arriscado do que aplicações de renda fixa, supera qualquer rendimento”, comenta a educadora financeira Teresa Tayra.

A educadora diz que com R$ 100 é possível iniciar no mercado de ações e destaca que o principal segredo para quem quer entrar na Bolsa é entender o seu funcionamento.


Leia também: Bolsa fecha ano com 1,6 mi de investidores, o dobro de 2018

Fabrízio Gueratto, financista do canal do Youtube 1Bilhão, também diz que dá para ingressar na B3 com R$ 100.

“Não dá para montar uma carteira diversificada de ações porque é um valor muito pequeno, mas dá para entrar no mercado de ações”, diz.

A educadora lista alguns aspectos para serem observados antes de ingressar no mercado de ações:

• A primeira medida é manter dinheiro aplicado em algum investimento de renda fixa para utilizar em situações de emergência;

• Comece com pequenos valores e reinvista todos os ganhos recebidos comprando mais ações para aumentar a sua carteira de investimentos;

• Coloque como objetivo aumentar a sua renda e não apenas seus investimentos. “Essa combinação irá levar você à sonhada independência financeira”, ressalta Teresa.

Com R$ 100, ideal é buscar fundo de ações, diz especialista

Com essa quantia, segundo Gueratto, existem duas formas de investir. Uma delas é aplicar em um ETF, que um fundo de índices comercializados como ações. “Ele reproduz o rendimento do Ibovespa, ou seja, dentro da sua carteira tem os papéis que compõem o Ibovespa.”

Outra opção é um FIA (Fundo de Investimento em Ações) que basicamente é a mesma coisa, mas dentro de um FIA comum não será reproduzido o Ibovespa, mas outros rendimentos.

Como escolher um fundo de ações? Apesar de a rentabilidade passada não garantir a rentabilidade futura, Gueratto recomenda que o investidor olhe o histórico do fundo para ver como foi seu desempenho nos últimos anos.

Também vale procurar saber quem é o gestor daquele dinheiro e buscar informações sobre ele, de acordo com o youtuber. “Veja se ele já saiu na imprensa, se já deu entrevista, qual é o seu posicionamento, entre outras. ”

Gueratto explica que basicamente existem dois tipos de ações: as blue chips (papeis de grandes empresas e que normalmente são os mais negociados na Bolsa de Valores) e as small caps (ações de pequenas com baixa capitalização, ou seja, com valor de mercado menor em relação a outras negociadas). Há, ainda, o ETF de small caps, que replica o comportamento do índice dessas empresas.

“Se considerarmos que o risco é muito maior ao investir em uma small cap, não é hora de você, que está começando, apostar nelas. O ideal é procurar as blue chips. Apesar de elas não terem grande potencial de valorização porque são de empresas já consolidadas como Petrobras, Vale, Itaú, entre outras, oferecem risco menor de grandes quedas por serem mais estáveis.”

Como funciona o investimento em ações?

As ações são negociadas na Bolsa de Valores. No Brasil, a compra e a venda desses papéis são feitas na B3, antiga Bovespa que foi formada com a união da BM&F Bovespa e Cetip.

Esses papéis, chamados de ações, são títulos que representam um pedaço de uma empresa. Ao comprar uma ação, o investidor se torna um sócio da empresa e tem participação nos seus lucros.

A compra e a venda de ações são feitas na B3 por intermédio de corretoras habilitadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Para iniciar qualquer operação, é preciso fazer um cadastro em uma corretora.

A lista das corretoras credenciadas pode ser encontrada nos sites da CVM ou da B3

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