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Escalada na taxa de juros começou em março para conter inflação

Selic vinha registrando uma série de quedas desde julho de 2015 e a sequência de reduções consecutivas desde julho de 2019

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Selic vinha registrando uma série de quedas de julho de 2015 a março deste ano
Selic vinha registrando uma série de quedas de julho de 2015 a março deste ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a Selic, taxa básica de juros, em 1,5 ponto percentual, passando de 6,25% para 7,75% ao ano.

É a maior alta porcentual da taxa básica de juros desde dezembro de 2002, quando subiu 3 pontos percentuais e chegou a 25% ao ano.

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Até março deste ano, a taxa básica de juros vinha registrando uma série de quedas desde julho de 2015 e a sequência de reduções consecutivas desde julho de 2019, chegando ao menor patamar da história.

A alta da inflação e as incertezas da economia por causa das crises financeira e sanitária geradas pela pandemia de coronavírus vêm pesando na decisão do Copom de elevar sucessivamente a Selic, de acordo com o mercado.


Como funcionam os juros básicos?

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado.

A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.


Em linhas gerais, a Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos.

Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.


A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo.

Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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