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Renda Extra

Especialistas dão dicas para reduzir os gastos com cartão de crédito

Pagar o mínimo da fatura ou parcelar o valor elevam o montante da dívida por causa dos juros elevados da modalidade. Veja mais!

Renda Extra|Sheila Pinheiro Correa, do R7*

62% das pessoas recorreram ao cartão de crédito para pagar contas
62% das pessoas recorreram ao cartão de crédito para pagar contas

O cartão de crédito foi a modalidade mais procurada por quem precisou recorrer a algum tipo de recurso extra na pandemia da covid-19.

Pesquisa divulgada pela Serasa na última semana apontou que 79% da população utilizou alguma fonte de crédito no período. E o cartão foi a opção encontrada por 62% da população.

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Silvia Machado, mentora em finanças, acredita que as famílias têm recorrido ao limite do cartão de crédito para protelar despesas cotidianas.

"As pessoas já tinham dívidas anteriores, viram sua receita reduzir, a situação econômica não melhorar e passaram a usar cartão de crédito como solução, postergando para o mês seguinte a dívida", afirma.


Silvia alerta para o uso do cartão de crédito com muito planejamento.

Os juros do cartão de crédito%2C assim como o do cheque especial%2C são os mais caros do mercado. Tente gastar no cartão apenas o valor que consegue realmente pagar no mês seguinte. Adiar a quitação ou parcelar a dívida na fatura posterior pode comprometer ainda mais

(Silvia Machado)

O grande número de famílias que apontam ter dívidas no cartão de crédito mostra exatamente esse movimento de empurra, segundo Silvia.


"O que acontece é que se não tem dinheiro neste mês para quitar os débitos, no mês seguinte, como a situação ainda não estará melhor, só aumenta o problema porque vai pagando pelo cartão de crédito e, quando olha a fatura no mês seguinte, a dívida é ainda maior", diz a especialista.

Empréstimo sem planejamento leva ao endividamento

Muitos aproveitam o uso do crédito devido a taxas, mas é preciso se atentar ao uso dele. Tomar crédito envolve saber sobre a garantias, renda futura e objetivos.


Teresa: pedir empréstimo nem sempre é a solução
Teresa: pedir empréstimo nem sempre é a solução

A educadora financeira Teresa Tayra sugere que se avalie o quanto os empréstimos cumpriram seu propósito e a necessidade do uso do cartão de crédito para os gastos mensais e do dia a dia.

Ela indica fazer uma análise de seus ganhos, gastos, alinhar seu consumo com os objetivos futuros a serem realizados.

Muitas vezes pegar empréstimos não é solução para problemas financeiros.

Lembrando que os objetivos têm prazos diferentes a serem realizados, mas todos começam no agora.

Sobre esses aspectos, Teresa indica que é preciso fazer os seguintes questionamentos:

1. Para qual objetivo estou tomando esse crédito?

Muitas vezes a pessoa acha que é uma solução, mas está piorando a situação atual. Exemplo: empréstimo pessoal para quitar dívidas recorrentes.

2. Quais riscos preciso considerar para o pagamento dele?

Na falta da renda principal, quais possibilidades posso usar para quitar as prestações.

Como reduzir as dívidas?

Teresa e Silvia citam algumas dicas para sair do endividamento e começar a poupar.

1- Faça um planejamento de todas as despesas;

2- Calcule taxas dos empréstimos que paga atualmente e veja se é vantagem fazer a portabilidade;

3- Mesmo com dívidas, tente guardar um pouco de dinheiro por mês. Ao acumular uma quantia, ainda que pequena, é possível dar uma entrada maior numa renegociação, por exemplo;

4- Evite pagar o mínimo na fatura do cartão de crédito porque as taxas da modalidade são as mais elevadas do mercado (300% ao ano);

5- Se for preciso, analise a possibilidade de trocar a dívida do cartão por uma mais barata. Normalmente o crédito consignado e empréstimo pessoal têm taxas melhores;

6- Reduza todos os gastos que conseguir: mudar o plano de celular, tv a cabo e internet por um mais em conta; cancelar um serviço que não utiliza muito; negociar anuidade de cartão de crédito, por exemplo;

*Supervisionada por Márcia Rodrigues

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