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Renda Extra

Fundos de investimento são boa opção mesmo com juros elevados

Ativos são atraentes para investidores mais conservadores que preferem ter um gestor para controlar seus recursos

Renda Extra|Alexandre Garcia, do R7

Migração deve atingir os fundos imobiliários
Migração deve atingir os fundos imobiliários

Os fundos de investimento que viraram os queridinhos de muitos brasileiros seguem como uma boa opção com a sequência de alta da taxa básica de juros, principalmente para aqueles mais conservadores que preferem ter um gestor a frente de seus recursos.

Gabriela Mosmann, analista de investimentos da Suno Research, avalia como tradicional um movimento de migração para fundos de renda fixa no cenário econômico atual. "Eles são os menos voláteis e vão mostrar um aumento de rentabilidade", orienta.

"Nesses momentos de instabilidade e, principalmente, com a inflação subindo, é normal que as pessoas prefiram não arriscar e ficar com qualquer investimento atrelado à taxa Selic", indica a analista.

Para Rodrigo Beresca, analista de soluções financeiras da Ativa Investimentos, uma das opções atrativas são justamente os fundos atrelados ao CDI, que acompanha a taxa de juros. Outros ativos citados por ele são aqueles ligados a empresas privada, de direito creditório e de crédito estruturado e os multimercados.


"Os gestores de fundos multimercados têm a liberdade para investir as carteiras de seus fundos em diferentes classes de ativos e aproveitar as tendências de alta que estão avaliando. Se o momento atual está se mostrando promissor para investimentos em taxas pós-fixadas, eles vão alocar uma parcela de seus ativos nessa estratégia para trazer uma rentabilidade maior para seus fundos", explica ele.

Imobiliários

Ativos de renda variável, os fundos imobiliários tendem a ser aqueles com menor atratividade em meio ao processo de queda dos juros. De acordo com um levantamento do Smartbrain com dada da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, 74% dos fundos imobiliários apresentaram desempenhos positivos em julho.


O Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), no entanto, tem uma trajetória de queda desde o final do mês de julho. No período, o índice chegou a desabar quase 5% e agora figura na casa dos 2.700 pontos, valor quase 3,5% inferior ao registrado ao fim do mês passado. 

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Para Gabriela, a movimentação pode ser justificada pelos mesmos motivos que levaram a Bolsa ao menor patamar desde maio, como a reforma tributária que sugeriu tributar os fundos. "Desde quando começaram essas conversas, eles sofreram e estão em queda. Eles vão ficar ainda subprecificados até existir uma definição sobre isso e a estabilidade econômica", indica.


De acordo com Gabriel Teixeira, analista de Fundos Imobiliários da Ativa Investimentos, o cenário do segundo semestre seguirá desafiador para os fundos imobiliários, devido ao avanço da inflação e dos juros.

"Fundos de tijolo, que já vinham sendo muito impactados por conta da pandemia, principalmente pela restrição de circulação e aumento de vacância, podem vir a sofrer mais do que o segmento de recebíveis com a alta de juros", analisa Teixeira.

Segundo ele, como boa parte dos investidores do mercado são investidores recentes, a migração para fundos de renda fica é uma possibilidade. "Com o retorno da Selic em patamares mais elevados, parte desses investidores tendem a migrar novamente para opções de renda fixa. Dessa forma, veremos um mercado olhando cada vez mais a qualidade dos ativos para escolher opções de investimento imobiliário", completa Teixeira.

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