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País bate recorde de dívidas; veja dicas para deixar as contas em dia

Educador financeiro orienta a anotar todos os gastos para começar a organizar e a controlar os custos da família

Renda Extra|Do R7

Em maio, foram registrados 66,6 milhões de inadimplentes, segundo a Serasa
Em maio, foram registrados 66,6 milhões de inadimplentes, segundo a Serasa

O Brasil bateu recorde com 66,6 milhões de inadimplentes no mês de maio, o maior número desde o começo da série histórica, iniciada em 2016, de acordo com dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o estudo mostra o aumento de 4 milhões de nomes negativados.

Além do impacto emocional, não conseguir pagar as dívidas traz uma série de problemas como a restrição de crédito, pois o inadimplente fica com dificuldade para conseguir produtos como cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.

Mas como sair dessa situação de inadimplência? Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank, lista dicas para auxiliar consumidores que estão com dívidas atrasadas a organizar as finanças e quitar seus débitos. Veja a seguir:

Anote todos os gastos e ganhos

Para organizar a vida financeira, é preciso primeiro saber exatamente quanto se gasta e quanto se ganha por mês. Para isso, anotar o que entra e o que sai é fundamental, principalmente se está faltando dinheiro. “Recomendo dividir os gastos em categorias como moradia, transporte, educação, lazer e alimentação. Isso facilita a visualização no final. Esse controle é o primeiro passo para encontrarmos alternativas para a organização da vida financeira”, explica Liao.


Tente cortar gastos

Sabendo quais são seus gastos, os inadimplentes podem tentar identificar eventuais despesas supérfluas ou adiáveis. “É nessa hora que dá para perceber se os gastos com celular ou internet estão altos demais e poderiam ser substituídos por planos mais econômicos. Esses cortes dependem da realidade de cada um. O objetivo é descobrir se há despesas que podem ser eliminadas para que haja um fôlego para pagar as dívidas”, afirma Liao.

Priorize o pagamento das dívidas mais caras

Para saber qual dívida é mais cara, o inadimplente precisa saber quanto de juros está pagando em cada uma. Ao ter esse mapeamento, consegue descobrir quais dívidas devem ter o pagamento priorizado porque correm o risco de se tornar impagáveis com o passar do tempo. Se houver reserva de emergência, a dica é usar esse dinheiro para pagar primeiro as dívidas mais caras, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito.


Comece a pagar

É importante começar a pagar quanto antes as dívidas. Deixar para depois fará com que o montante cresça muito e se torne impagável depois. “Ao iniciar a amortização do débito, os juros deixam de incidir sobre aquela dívida e a pessoa fica mais próxima da organização da sua vida financeira”, diz Liao.

Busque fontes alternativas de renda

Se o salário não chega ao fim do mês e não é suficiente para arcar com todas as dívidas, uma saída é aumentar o valor do dinheiro que entra na conta. Para isso, o devedor precisa buscar fontes alternativas de renda, como prestar serviços, vender produtos ou fazer trabalhos informais nas horas livres.

Crie sua reserva de emergência

Quem conseguiu liquidar todos os débitos precisa começar a criar uma reserva de emergência. Esse é o dinheiro que deve ser usado para pagar despesas imprevistas. Dessa forma, se voltar a se endividar, a pessoa terá uma reserva financeira para pagar as contas com mais tranquilidade.

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