45 mil litros de óleo são retirados da Baía de Guanabara após vazamento

Tentativa de furto teria provocado o derramamento de 60 mil litros de combustível, segundo a Transpetro. Biólogo denunciou impacto do acidente

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*, com Agência Estado

10/12/2018 - 11h49 (Atualizado em 22/02/2024 - 10h15)

O rompimento de um óleoduto no município de Magé, na Baixada Fluminense, provocou o vazamento de pelo menos 60 mil litros de óleo no rio Estrela e na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, na tarde do último sábado (8). De acordo com a Transpetro, uma tentativa de furto teria provocado o derramamento do combustível.

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A companhia também informou que 45 mil litros de combustível (75% do volume vazado) foram recolhidos por equipes de emergência até a manhã desta segunda (10). Além do trabalho de limpeza e recuperação da área atingida, uma unidade de atendimento com veterinários e especialistas em meio ambiente trabalha no local.

O duto, que chegou a ter as operações interrompidas, foi reparado e voltou a operar.

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“A Transpetro esclarece que é vítima de ações criminosas de furto de óleo e derivados e colabora com as investigações das autoridades. A companhia tem como maior preocupação a segurança das pessoas e do meio ambiente, pois intervenções criminosas nos dutos podem trazer riscos como vazamentos, incêndios e explosões”, informou em nota divulgada à imprensa.

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Em uma publicação do Facebook, o biólogo Mario Moscatelli denunciou a gravidade do acidente. "Além das águas contaminadas, grande área de manguezais, distribuída em suas margens, foi impactada pelo óleo, visto que as barreiras utilizadas pela empresa responsável pelo duto de pouco ajudaram na contenção do óleo que vazava sem controle por tempo ainda não determinado", escreveu Moscatelli. "E agora, como é que ficam os manguezais e sua fauna, bem como as atividades sócio-econômicas que deles dependem?", completou.

APOCALIPSE NOW NOS MANGUEZAIS
APOCALIPSE NOW NOS MANGUEZAIS DO RIO ESTRELA - 09/12/2018 O rio Estrela foi parcialmente "asfaltado" pelo vazamento de óleo ocorrido num dos dutos que passa pela periferia desse rio. Além das águas contaminadas, grande área de manguezais, distribuída em suas margens, foi impactada pelo óleo, visto que as barreiras utilizadas pela empresa responsável pelo duto, de pouco ajudaram na contenção do óleo que vazava sem controle por tempo ainda não determinado. Mais uma vez, um vazamento, atribuído segundo a imprensa, a ação de bandidos, golpeia os manguezais e sua fauna, justamente no período de reprodução de caranguejos e da chegada de aves migratórias. Resta saber até quando esses tipos de acidentes ocorrerão, seja pelas causas que forem, e até quando as ações emergências irão demorar tanto que quando acontecem, os danos já estão mais do que materializados no ambiente? E agora, como é que ficam os manguezais e sua fauna, bem como as atividades sócio-econômicas que deles dependem? Vai ficar o dito pelo não dito mais uma vez? Imagens do projeto OLHOVERDE/Moscatelli com apoio do INSTITUTO MANGUEZAIS - 09/12/2018.
Posted by Mario Moscatelli 1 on Sunday, December 9, 2018

A Polícia Civil informou que está investigando os fatos, mas ainda não pode fornecer informações para evitar atrapalhar as investigações.

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Essa não é a primeira tentativa de furto de óleo nos dutos da Petrobras. Em janeiro, a companhia divulgou nota sobre um vazamento de diesel nos rios Tinguá e Iguaçu em Duque de Caxias, município de vizinho de Magé.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira