Adriana Ancelmo é levada para cumprir prisão domiciliar no Leblon
Ex-primeira dama estava presa em Bangu, zona oeste, desde dezembro do ano passado
Rio de Janeiro|Do R7
A ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo foi levada por agentes da PF, por volta das 19h, para cumprir prisão domiciliar no Leblon, zona sul do Rio, no apartamento onde mora com o marido, o ex-governador Sérgio Cabral. Moradores faziam um protesto na porta do prédio.
O imóvel do casal foi liberado após passar por uma vistoria da PF na terça-feira (28). A fiscalização da PF foi para procurar dispositivos de conexão com a internet, como computadores e tablets, e telefones, fixos e celulares, que são de uso proibido para ela, por determinação da Justiça. A inspeção durou cerca de uma hora.
Acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa, na qual tinha, conforme as investigações, papel de destaque, Adriana estava presa preventivamente, desde dezembro do ano passado, em uma cela individual de seis metros quadrados no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste. A conversão em prisão domiciliar foi determinada primeiro pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, e depois pelo Superior Tribunal de Justiça.
O argumento foi que os dois filhos dela com Cabral, de 10 e 14 anos, não poderiam ser privados do convívio do pai e da mãe simultaneamente - Cabral foi preso em novembro, e também se encontra no complexo de Gericinó. Os dois meninos estão sendo cuidados desde a prisão da mãe pelo irmão mais velho, o deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB), filho de Sérgio Cabral com Susana Neves, sua primeira mulher. Os avós também lhes dão assistência.
Adriana não poderá: sair de casa (à exceção de emergências médicas, que devem ser comunicadas à Justiça), atuar no escritório de advocacia do qual é sócia, receber visitas que portem celular ou outros dispositivos com acesso à internet e de pessoas que não sejam de advogados ou parentes até 3º grau, além de mudar de endereço sem comunicar à Justiça. A PF poderá fazer inspeções a qualquer dia e hora, no período das 6 horas às 18 horas, sem comunicação prévia.