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Advogado executado na porta da OAB foi alvo de 12 tiros em ação que durou 14 segundos, diz polícia

Ao analisar os vídeos que registraram o crime, o secretário de Polícia Civil disse que o atirador 'já fez e sabia o que estava fazendo'

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Atirador estava encapuzado e efetuou 12 disparos
Atirador estava encapuzado e efetuou 12 disparos Record Rio

O advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, morto na porta da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio de Janeiro, foi atingido possivelmente por 12 tiros em uma ação que durou cerca de 14 segundos.

O secretário de Polícia Civil, Marcus Amin, confirmou, durante entrevista coletiva, que a vítima foi alvo de dois disparos quando estava de pé e mais 10 ao cair no chão.

As informações foram levantadas a partir da análise de vídeos que registraram o assassinato, mas a Divisão de Homicídios ainda aguarda o laudo pericial para ter a confirmação. 

Para a investigação, o crime tem características de execução e ainda não há motivação clara. No entanto, os policiais civis descartam latrocínio, já que nada foi roubado.


Rodrigo Crespo foi assassinado na porta da OAB
Rodrigo Crespo foi assassinado na porta da OAB Reprodução/LinkedIn

Segundo a polícia, Rodrigo foi abordado logo após sair do escritório onde trabalhava, na avenida Marechal Câmara, para fazer um lanche com o sobrinho, na última segunda-feira (26).

A vítima foi observada por ocupantes de um carro antes de ser chamada pelo nome. Imagens de câmeras de segurança do local mostraram que o executor desembarcou do veículo encapuzado e já atirando


"Diferentemente do que as pessoas acham, atirar não é simples. [O executor parecia ser treinado?] Já fez e sabia o que estava fazendo. Isso é uma verdade. Nas imagens, a gente consegue ver isso. Ainda é cedo para dar qualquer detalhe. Tenho certeza que vamos chegar ao autor", analisou Amin. 

'Criminoso desafiou a polícia do estado', diz secretário de Segurança Pública

O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, comentou a ousadia do criminoso responsável por executar o crime em um "local emblemático" — arredores da sede da OAB e próximo aos prédios do Ministério Público e da Defensoria Pública.


"O criminoso desafiou toda a polícia do estado do Rio. Fazer isso à luz do dia, naquele horário, com aquela movimentação, talvez, por ser um crime planejado, homicídio tem essa característica, ele escolheu o momento exato de atacar a vítima, não deu a ela sequer a chance de se defender. Foi covarde. Então, essa resposta por parte da Segurança Pública vai ser dada. Não tenho dúvidas", disse.

Presidente da OAB-RJ cobra uma resposta do estado

Já o presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, disse que irá cobrar uma resposta para o caso: "Um crime bárbaro em um local conhecido, tradicional, historicamente marcante no Rio de Janeiro. Por todas essas questões e por ser um advogado, que saiu do seu escritório, a Ordem confia que este crime não ficará impune. A Ordem vai acompanhar e cobrar a solução do crime".

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