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Anestesista que estuprou paciente no parto participa de forma remota de audiência após ameaças

Médico Giovanni Quintella está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, desde julho

Rio de Janeiro|Do R7, com Felipe Batista, da Record TV Rio

Acusado de estuprar grávida durante parto, Giovanni Bezerra está preso desde julho
Acusado de estuprar grávida durante parto, Giovanni Bezerra está preso desde julho

Começou na manhã desta segunda-feira (12) o julgamento do anestesista Giovanni Quintella, acusado de estuprar uma grávida durante o parto em julho deste ano. Ele vai depor durante a audiência de forma remota por estar recebendo ameaças dentro do presídio de Bangu 8, onde está detido há cinco meses, segundo informações da Record TV Rio.

Além disso, a lei garante que, em casos de estupro, a vítima e o abusador não se encontrem durante o processo, para evitar constrangimentos a quem sofreu o crime. 

Nesta primeira audiência, devem ser ouvidos oito testemunhas de defesa e oito de acusação, entre elas a vítima, o marido dela e a delegada Bárbara Lomba, que realizou a prisão em flagrante do médico e foi responsável pelo inquérito da Polícia Civil.

Caso condenado, o antestesista pode pegar 15 anos de prisão por estupro de vulnerável. Além deste, ele é acusado de outros cinco abusos sexuais.


O crime foi registrado por uma câmera escondida instalada na sala de cirurgia do Hospital da Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. 

A Defensoria Pública alegou que a gravação do vídeo, feita pelas enfermeiras, é ilegal, pois foi feita sem conhecimento dos envolvidos nem autorização da polícia ou do MP (Ministério Público). O argumento, no entanto, não foi aceito pela Justiça.


Na decisão, foi afirmado que crimes como esse são cometidos às escondidas e que a vítima, sedada de forma exagerada pelo agressor, não teria condições de denunciar o fato nem depor a respeito. Além disso, a gravação foi feita por profissionais da saúde que tinham o dever de agir em defesa da paciente.

A defesa também chegou a pedir que Giovanni Bezerra aguardasse o julgamento em liberdade e solicitou a realização de um teste de sanidade do cliente, sob o argumento de que o médico tem transtornos psicológicos na família e fazia uso de medicamentos que aumentam o desejo sexual. Ambos os pedidos foram negados.

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