Após morte de Ecko, Tandera é o criminoso mais procurado do Rio
Polícia acredita que miliciano queira território dominado pelo Ecko, depois dos dois romperem aliança no ano passado
Rio de Janeiro|Do R7
Depois da morte de Wellington da Silva Braga, o "Ecko", o miliciano Danilo Dias Lima, o "Tandera", de 37 anos, tornou-se o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro. O Portal dos Procurados divulgou, nesta terça-feira (15), um cartaz aumentando a recompensa de R$1 mil para R$ 5 mil para quem tiver informações sobre ele.
O miliciano é considerado foragido da Justiça desde novembro de 2016, quando fugiu da Casa do Albergado Crispim Ventino. Ele age em cidades da Baixada Fluminense, como Seropédica, Itaguaí e Nova Iguaçu.
Segundo as investigações da Draco-IE (Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), a suspeita é de que Tandera lave dinheiro da milícia, adquirindo bens de luxo, como mansões, cavalos de raça, carros, entre outros. O grupo chefiado por ele tem como principais fontes de renda a exploração de comerciantes, por meio da cobrança da taxa de segurança, monopólio da distribuição de cigarros contrabandeados, exploração da distribuição clandestina de TV a cabo e comercialização de botijões de gás, entre outros crimes.
A quadrilha de Tandera também é um dos alvos de uma força-tarefa da Polícia Civil criada para combater grupos paramilitares que agem na região. De acordo com a polícia, o miliciano e aliados têm uma tatuagem com o Olho de Tandera. Ele é conhecido pelo comportamento extremamente violento.
Além disso, Danilo Dias Lima esteve à frente de invasões em áreas dominadas por quadrilhas rivais. Segundo informações divulgadas pelo Portal dos Procurados, ele anda sempre com um fuzil e na companhia de diversos seguranças.
Quebra de aliança
Após romper com Ecko, em dezembro do ano passado, Tandera já teria começado a invadir o território que estava sendo controlado pelo rival. Segundo informações, durante a madrugada do último domingo (13), homens ligados à Danilo invadiram a comunidade Manguariba, em Paciência, na zona oeste do Rio, armados com fuzis. A região era considerada um dos redutos do "Bonde do Ecko".
Investigações apontam, ainda, que Tandera e o miliciano Edmilson Gomes Menezes, o "Macaquinho", uniram-se depois de divergência com "Ecko". "Macaquinho" controla a milícia na zona norte e a região da Praça Seca, na zona oeste.
De acordo com a Draco, há três cenários possíveis para envolvendo Tandera como sucessor de Ecko: o primeiro é Tandera tentar retomar o território, já que a área foi rachada no ano passado. O segundo é a maior facção criminosa de traficantes tentar dominar a região que pertencia a Ecko, e a última hipótese é a própria milícia se organizar e escolher um nome para chefiar o território.
Ainda há outra possibilidade, em investigação, sobre o criminoso Toni Ângelo Souza de Aguiar, que estava preso na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Rio, e retornou ao Rio no dia 25 de março. Ele poderia ter se aliado ao Tandera, para retomar antigos territórios na zona oeste.
Em agosto de 2020, o irmão de Toni Ângelo foi executado em Belford Roxo, na Baixada, a mando de Ecko.
Contra o miliciano Tandera, constam três mandados de prisão, pelos crimes de extorsão e organização criminosa.
Disque Denúncia
O Disque-Denúncia recebe informações sobre Danilo Dias Lima, o Tandera, nos seguintes canais de atendimento:
Zap do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099
Telefones: (21) 2253 1177 ou 0300-253-1177
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