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‘Atacar o dinheiro é forma eficaz de conter avanço’ do crime organizado, diz pesquisador

Ação policial mais letal do Rio de Janeiro terminou com 64 mortos e a prisão de 81 suspeitos na última terça (28)

Rio de Janeiro|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Uma megaoperação policial no Rio de Janeiro resultou em 64 mortes, incluindo quatro policiais.
  • Ao todo, 81 suspeitos foram presos e 93 fuzis apreendidos durante a ação nos Complexos do Alemão e da Penha.
  • Especialista da UERJ alerta que essas operações repetem falhas do passado e podem não trazer soluções duradouras para a segurança pública.
  • Ele sugere focar em estratégias financeiras para combater o crime organizado e reduzir o poder econômico das facções criminosas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Com uma equipe de 2.500 policiais, uma megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou 64 mortos, capturou 81 suspeitos e apreendeu 93 fuzis na manhã da última terça-feira (28). Entre as vítimas estão quatro policiais, sendo dois civis e dois do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

Durante entrevista ao Jornal da Record News, Eduardo Ribeiro, professor e pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), avalia que tais operações repetem ações passadas, como a que ocorreu em 2010, sem oferecer soluções duradouras à segurança pública.


Equipe com 2.500 policiais agiu contra o Comando Vermelho no Complexo do Alemão e da Penha Reprodução/Record News

“Se tudo continuar da mesma forma, possivelmente daqui a dez, 15 anos nós vamos estar discutindo as mesmas coisas. Será que essa megaoperação funciona? Será que reduz o tráfico?”, indaga.

Ribeiro destaca a necessidade de estratégias mais assertivas para combater o crime organizado e diminuir seu impacto nas comunidades, sobretudo em um cenário de sofisticação tecnológica das facções, que usaram drones carregados com granadas no confronto.


“Atacar o dinheiro é uma forma muito eficaz de conter um pouco esse avanço [...] porque ele retroalimenta o crime. É fundamental que nós consigamos mapear essas redes, essa estrutura de poder financeiro, inclusive, para que a gente possa trabalhar em cima desse processo e reduzir o poder econômico desses grupos”, conclui.

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