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Braço direito de Cabral recebia R$ 150 mil para gerenciar propina

Carlos Miranda é apontado como operador financeiro do ex-governador

Rio de Janeiro|Sylvestre Serrano, da Record TV Rio

Carlos Miranda declarou que Cabral orientava pagamentos
Carlos Miranda declarou que Cabral orientava pagamentos Carlos Miranda declarou que Cabral orientava pagamentos

Apontado pela Lava Jato como operador financeiro do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), Carlos Miranda afirmou durante depoimento na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (11), que ele e os ex-secretários Wilson Carlos e Régis Fichtner, secretários de Governo e da Casa Civil de Cabral, respectivamente, recebiam cerca de R$ 150 mil mensais para administrar o suposto esquema de propina do ex-governador.

“Era propina, não era campanha”, declarou ele. “Tinha remuneração, premiações e bônus. Tudo em dinheiro vivo. Era cerca de R$ 150 mil por mês. [Carlos] Bezerra recebia uns R$ 30 mil, R$ 40 mil”, acrescentou.

Ainda de acordo com ele, “Cabral orientava os pagamentos” e decidia quem receberia o dinheiro. Miranda também informou que ele e os ex-secretários Wilson Carlos e Régis Fichtner eram os responsáveis por administrar o pagamento da corrupção. “Sérgio [Cabral] era o chefe. Wilson Carlos fazia os acordos de propina. Definia valores. Régis cuidava da parte jurídica. Eu gerenciava os recursos acertados pelo Wilson”, delatou.

O depoimento do braço direito de Sérgio Cabral é considerado fundamental para descobrir como funcionava o esquema de corrupção no Rio de Janeiro, pois ele é apontado como um dos colaboradores mais próximos de Cabral.

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Ricardo Pernambuco também prestou depoimento nesta segunda. O empresário afirmou que pagava propinas mensais começaram em R$ 200 mil e saltaram para R$ 500 mil após as obras do metrô no segundo mandato de Cabral. “Quanto maior o valor do contrato, maior a propina”, alegou.

Pernambuco frisou ainda que os pagamentos realizados eram propinas. “Não era campanha. Era propina. Sim, exatamente isso.”

As audiências desta segunda com o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável na 1ª instância pela Lava Jato no Estado, têm como foco os pagamentos de propina relacionados à empresa Carioca Engenharia.

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