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Cariocas denunciam falta de médicos em UPA; prefeitura nega

Vereador mostrou sala de espera cheia, com consultórios fechados, mas prefeitura diz que denúncia não procede

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*

Com sala de espera lotada, pacientes denunciam falta de médicos em consultórios
Com sala de espera lotada, pacientes denunciam falta de médicos em consultórios

Os pacientes da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Campinho, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, denunciaram a falta de médicos nesta terça-feira (30). Após receber reclamações, o vereador Felipe Michel (Progressistas) foi até a unidade, onde não encontrou profissionais fazendo atendimentos por volta das 20h. 

Toda a ação foi filmada pela equipe do político, que mostrou a sala de espera cheia. Um dos pacientes que aguardava fora da unidade contou ter sido informado por um funcionário da UPA sobre a falta de médicos nos consultórios. 

Em nota para o R7, a Secretaria Municipal de Saúde disse que a denúncia não procede. A direção da UPA informou que, quando o vereador chegou à unidade, havia uma médica clínica geral atendendo no consultório, uma na sala vermelha e o terceiro estava no seu horário de jantar, o que é um direito constitucional e trabalhista.

Além dos três médicos clínicos, a Prefeitura do Rio afirmou ainda que havia dois médicos pediatras em atendimento. 


No entanto, as imagens mostram quatro salas de consultório fechadas, com as luzes apagadas. Na filmagem, um dos médicos escalados para o trabalho que estaria na sala vermelha, destinada a casos graves, abre um consultório.

"Não seria o caso da UPA ter mais médicos?", questionou um paciente que aguardava atendimento dentro da sala de espera. 


Confira o vídeo:

"É muito triste saber que é preciso alguém do Legislativo interferir para as coisas funcionarem", afirmou o vereador Felipe Michel. Para o R7, o parlamentar acrescentou que, após publicar o vídeo da denúncia, surgiram reclamações similares em outras unidades do município, como a UPA da Rocinha, onde há surto de casos de gripe.


Michel informou que vai protocolar hoje (1º) um requerimento de informações para a prefeitura, que tem 30 dias para responder. 

A SMS destacou que as unidades estão com aumento de demanda e todos os pacientes são atendidos conforme classificação de risco, com prioridade para os casos de maior gravidade e risco.

Nas últimas semanas, a cidade do Rio registrou um aumento de casos de síndrome gripal de influenza A, com 16 mil casos notificados. Como informado pela adminsitração municipal, os bairros com maior número de casos são Rocinha, Vila Kennedy, Barra da Tijuca, Alemão, Ilha do Governador e Tijuca.

Na noite de ontem, 26 crianças e 1 idoso estavam hospitalizados por gripe no município do Rio.

Horas antes, pela manhã, a vacinação contra o vírus semelhante à Covid-19 foi interrompida por falta de doses, que chegaram ao estado já durante a noite, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Nesta quarta-feira, a campanha de imunização foi retomada na capital. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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