Carro usado no crime esteve próximo a locais de agendas de Marielle antes do ataque, diz policial
O agente Carlos Alberto Paúra Júnior participou das investigações na Divisão de Homicídios da Capital
Rio de Janeiro|Do R7
O policial civil que investigou o carro clonado usado no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes foi a quinta testemunha a prestar depoimento no 4º Tribunal do Júri, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30), durante o julgamento dos réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.
Carlos Alberto Paúra Júnior afirmou ter participado ativamente do núcleo designado a apurar informações sobre o automóvel na Divisão de Homicídios da Capital.
Em detalhes, o agente explicou como monitorou os trajetos feitos pelo veículo antes e depois do crime.
O policial civil contou ter chegado à delegacia cerca de uma ou duas semanas após o caso. Quando ele assumiu a função no setor, a placa e o modelo do carro já haviam sido identificados pela equipe policial que esteve na cena do crime.
A partir daí, Carlos Alberto começou a acionar a prefeitura para checar no sistema da Cet-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego), por meio de um dispositivo capaz de ler placas, por quais locais o veículo havia passado.
Segundo o agente, o carro circulou pelos bairros de Campo Grande e Barra da Tijuca, na zona oeste. Além disso, esteve na Tijuca e perto de um shopping da zona norte.
Ao cruzar os dados com informações da agenda da vereadora, ele concluiu que o carro clonado esteve próximo de locais visitados por Marielle antes do ataque — ocorrido no dia 14 de março de 2018 .
Ainda de acordo com Carlos Alberto, depois que a placa KPA-5923 foi publicada em um jornal, o veículo parou de circular.