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Com aumento de 220% de casos de leptospirose em 2022, RJ alerta para riscos em períodos de chuva

Doença é transmitida para seres humanos por meio de contato direto ou água contaminada com urina de roedores

Rio de Janeiro|Do R7

Água contaminada em enchentes é uma das formas de transmissão da leptospirose
Água contaminada em enchentes é uma das formas de transmissão da leptospirose

O aumento em 220% dos casos de leptospirose no estado do Rio, no último ano, levou a Secretaria Estadual de Saúde a fazer um alerta à população sobre os riscos de contrair a doença em enchentes no período de chuvas.

Um levantamento da pasta mostrou que, entre janeiro e fevereiro de 2021, foram registrados 21 casos de leptospirose. No ano seguinte, o número saltou para 71, no mesmo período.

Além disso, em abril de 2022, uma pessoa morreu em decorrência da doença no município de Petrópolis, na região serrana, cidade atingida por duas tragédias provocadas por fortes chuvas, nos meses de fevereiro e março.

Somente neste ano — até o último dia 18, três casos suspeitos foram notificados no Rio de Janeiro e seguem em investigação. 


Transmissão da doença

A doença pode ser transmitida aos seres humanos por meio do contato direto ou de água contaminada com urina de animais, como roedores, que são hospedeiros da bactéria causadora da leptospirose.

A bactéria acessa o organismo através de pequenas feridas na pele, nas mucosas ou na pele íntegra imersa por longo período em água contaminada.


Sintomas

A Secretaria de Saúde explica que a fase precoce da leptospirose dura aproximadamente de 3 a 7 dias. Entre os principais sintomas estão febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, especialmente nas panturrilhas. Além disso, podem ocorrer vômitos, diarreia e tosse.

Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente também pode apresentar hemorragia, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória.


Em caso de suspeita da doença, é necessário buscar atendimento médico já nos primeiros sinais. 

Cuidados recomendados

- Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos. Impeça que crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos.

- Após a água da enchente baixar, para retirar a lama e desinfetar o local, proteja-se com botas e luvas de borracha, evitando assim o contato da pele com água e lama contaminadas. Sacos plásticos duplos também podem ser amarrados nas mãos e nos pés.

- Para desinfectar a área atingida pela lama ou água da enchente, lave pisos, paredes e bancadas com água sanitária, na proporção de 2 xícaras de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.

- Tenha cuidado com os alimentos que tiveram contato com água de enchente. Alguns devem ser jogados fora, como frutas, legumes e verduras.

- Mantenha os terrenos baldios e as margens de córregos limpos e capinados. Evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais e nas telhas.

- Limpe a caixa d’água regularmente.

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