Comerciante é o primeiro a receber vacina da Pfizer no Rio
Alexandre Souza Almeida, de 63 anos, foi imunizado pelo secretário de Saúde na Clínica da Família Estácio de Sá
Rio de Janeiro|Do R7, com Estadão Conteúdo
O Rio de Janeiro começou a aplicar a vacina da Pfizer na manhã desta terça-feira (4). O comerciante Alexandre Souza Almeida, de 63 anos, foi o primeiro a receber o imunizante, na Clínica da Família Estácio de Sá, no Rio Comprido, zona norte do Rio. Segundo o secretário de Saúde do município, Daniel Soranz, as doses recebidas pela prefeitura devem durar apenas até quarta-feira (5).
“Começamos a vacinar nas 250 unidades da prefeitura. Ela está disponível para o grupo que vacina hoje e amanhã, com cerca de 40 mil doses que serão distribuídas. A gente costuma aplicar entre 35 e 40 mil doses por dia na cidade e por isso só vai receber a primeira dose o grupo com comorbidades e as grávidas com comorbidades.”
Quem recebeu a primeira dose hoje, deve receber a segunda em três meses. De acordo com Soranz, apesar do rótulo dizer que as doses devem ser aplicadas com espaço de 21 dias, eles vão seguir com a recomendação do Ministério da Saúde.
“Não oferece nenhum risco para a população [o aumento do intervalo entre as duas doses]. A determinação do Ministério da Saúde é baseado na capacidade da primeira dose já ajudar muito no processo de imunogenicidade. Então a segunda dose é feita com um intervalo de 12 semanas”, disse em entrevista à Record TV Rio.
De acordo com o calendário, hoje, serão vacinadas pessoas com 55 anos dos grupos prioritários. O atendimento continua a ser dividido por horário: mulheres pela manhã, de 8h às 13h, enquanto os homens no período da tarde, entre 13h e 17h.
A capital fluminense também vacina profissionais de saúde com 38 anos, além de gestantes com comorbidades de qualquer idade.
Já a aplicação da 2ª dose da Coronavac é exclusiva para idosos com 67 anos ou mais, conforme novo cronograma. A orientação é buscar o posto onde foi aplicada a 1ª dose somente pela manhã.
Grupos prioritários
Os grupos prioritários incluem pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes e trabalhadores das áreas da educação e serviços de limpeza urbana, além de guardas municipais, motoristas e cobradores de ônibus e transporte escolar.
Apesar da decisão do STF de retirar policiais e profissionais da educação do grupo prioritário, a prefeitura informou que a ordem se refere ao decreto estadual e não interfere no calendário de vacinação dos municípios.
Entre as comorbidades incluidas pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) estão diabetes, hipertensão grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, câncer e obesidade grave, entre outras.
Para receber a vacina, é necessário apresentar as três últimas prescrições ou receitas, atestados, recomendação médica que comprove a comorbidade.
Profissionais da saúde e da segurança
Os profissionais de saúde devem se dirigir ao posto de vacinação exclusivamente no período da tarde, de 13h às 17h, levando a carteira de seu conselho de classe. Aqueles que atuam em unidades de urgência e emergência devem ser vacinados no local de trabalho.
O grupo inclui médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, professores de educação física, veterinários, entre outros.
Policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários serão imunizados em seus locais de trabalho.