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Contratos da prefeitura na gestão Paes viram alvo de MP 

Mais de R$ 6 milhões teriam sido desviados. O ex-presidente do Iabas, Luiz Eduardo Cruz, a mulher dele e outros 3 ex-diretores foram presos

Rio de Janeiro|Sylvestre Serrano, da Record TV

Ex-diretores do Iabas são suspeitos de desviar mais de R$ 6 milhões
Ex-diretores do Iabas são suspeitos de desviar mais de R$ 6 milhões

O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga um suposto esquema de corrupção em contratos da prefeitura do Rio, na gestão de Eduardo Paes, com uma organização social. Estão presos ex-diretores do Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saude). Eles são suspeitos de desviar mais de R$ 6 milhões dos cofres públicos na área de saúde e até da educação.

Foi ao lado de Eduardo Paes que o Iabas chegou à Prefeitura do Rio. A partir de 2009, a organização social conquistou contratos milionários na área da saúde.

Segundo as investigações, uma relação comercial que ajudou ex-diretores do Iabas a enriquecer.

Mais de R$ 6 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos. O ex-presidente do Iabas, Luiz Eduardo Cruz, a mulher dele e outros 3 ex-diretores foram presos.


A denúncia do Ministério Público aponta que a corrupção não teria ficado restrita à Secretaria de Saúde. Teria chegado também às salas de aula.

O Iabas foi contratado em 2011 para fornecer kits de higiene à rede municipal.


Recebeu quase R$ 2,5 milhões e apresentou as contas: uma pasta de dente custou R$ 8,25. Nos supermercados, a mesma unidade era vendida a menos de R$ 1,00.

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"Na maioria das vezes, quando nós deparamos com Organizações Sociais que certamente constituem um subterfúgio para o desvio de dinheiro, as OS deveriam prestar os serviços com valores compatíveis. Mas no fundo vemos é superfaturamento", diz a promotora Patrícia Villela.


As investigadores descrevem como pífia a fiscalização da prefeitura na época.

Sem controle, teria sido possível criar esquemas para desviar verbas públicas.

Segundo as investigações, o ex-presidente do Iabas, sabia do que as unidades de saúde precisavam.

Criou uma rede de empresas para prestar serviços e passou a ganhar ainda mais dinheiro. Cuidava desde do jardim do posto de saúde até os exames de laboratório.

Os exames eram feitos por um único laboratório, do qual Luiz Eduardo Cruz era sócio. Um contrato de R$ 14.709.043,43.

Pelo menos R$ 1,6 milhão, segundo a denúncia, teriam sido desviados pelo Iabas só nesse contrato.

Jerson Carneiro, especialista em administração pública, afirma: "Não adianta trocar atores se não houver um sistema de controle interno muito eficiente para que evitem que determinadas empresas, agentes públicos empresários formem uma quadrilha para se locupletar da coisa pública dentro da área da saúde e prejudicar milhares de pessoas que dependem do serviço público de saúde". 

O Iabas foi desqualificado na gestão do prefeito Marcelo Crivella e multado em quase R$ 28 milhões por má gestão de recursos públicos. A atual prefeitura, não faz parte da denúncia do Ministério Público.

O ex-prefeito Eduardo Paes e a defesa de Luiz Eduardo Cruz e de Simone Cruz não retornaram os contatos do Jornal da Record. O Iabas informou que Luiz Eduardo Cruz não faz parte do instituto desde 2017. Disse ainda que colabora com as autoridades e presta regularmente informações aos órgãos de controle. Afirmou também que as contas dos contratos com a prefeitura do Rio foram aprovadas.

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