Covid-19: casos da variante Delta sobem para 83 no RJ
Dos 83 casos identificados, 81 são em 12 municípios do Estado do Rio de Janeiro e dois ainda sem identificação
Rio de Janeiro|Rafael Nascimento do R7 *
A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da SVAPS (Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde), informou que das amostras sequenciadas da variante Delta no Estado do Rio de Janeiro, foram registrados 83 casos até o momento, sendo 81 em 12 municípios e dois de pessoas que tiveram exames coletados no Estado, mas ainda sem confirmação do município.
O último informe havia identificado 74 casos. As Secretarias Municipais já foram notificadas para fazer a investigação epidemiológica, com apoio da SES.
Estudo Corona-Ômica-RJ
Os sequenciamentos foram realizados pelo LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), responsável por 66 amostras, pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), responsável por 16 amostras, e pelo Hospital Albert Einstein em São Paulo, responsável por uma amostra.
Os casos foram registrados nos municípios do Rio de Janeiro (23), São João de Meriti (17), Nova Iguaçu (11), Mesquita (7), Duque de Caxias (5), Japeri (4), Seropédica (4), Maricá (3), Queimados (3), Campos dos Goytacazes (1), Itaboraí (1), Itaguaí (1) e Niterói (1). No caso em Campos, a contaminação foi importada após uma viagem do residente à Índia.
As análises realizadas pelo LNCC fazem parte do estudo Corona-Ômica-RJ, um dos maiores do país e idealizado pela SES. O estudo realiza a análise mensal de cerca de 800 amostras de todo o Estado, com rodadas quinzenais e relatórios mensais publicados na internet.
Na última rodada de exames, a variante Delta representou 16,57% (n=63) do total (n=380) de amostras processadas, revelando um crescimento exponencial em relação ao resultado de 15 dias atrás. Na ocasião, foram identificados dois casos da variante.
Variantes presentes no Estado do Rio
Os dados mais recentes do monitoramento mostram a presença da variante Delta (B1.617.2), contudo, a linhagem P.1 (Gama/Brasil) continua sendo a mais frequente no Estado. Além disso, há registro em baixa frequência da VOC B.1.1.7 (Alfa/Reino Unido), e declínio da P.2, desde novembro do ano passado.
O sequenciamento do vírus da covid-19 não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no Estado. Nesse sentido, o estudo vem cumprindo seu papel e orientando as políticas públicas de Saúde no Estado.
A SES ressalta que independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e métodos de diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem os mesmos. Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas, como uso de máscaras e álcool em gel, lavagem das mãos e distanciamento social.
Além disso, é importante que os municípios continuem avançando no processo de vacinação contra a covid-19 e que a população retorne para receber a segunda dose. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento.
*Estagiário do R7 sob supervisão de PH Rosa