Creche cedeu espaço para montar CTI improvisado durante incêndio
Cerca de 50 pacientes foram levados para escola infantil em meio à fumaça. Crianças ainda estavam no local momento da transferência dos hospitalizados
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com RecordTV Rio
Uma creche que fica ao lado do Hospital Bandim, no bairro do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, abriu suas portas para receber pacientes que estavam no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da unidade no momento do incêndio, na última quinta-feira (12).
Durante a transferência de cerca dos 50 pacientes para o pátio da creche, as oito crianças que estavam no local foram levadas para o segundo andar da escola. Segundo Darci Martins, dono do local, os momentos de pânico no edifício ao lado serão difíceis de esquecer.
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“Acho que a pior sensação que a gente viveu foi ontem. A gente sempre se coloca no lugar do outro. Podia ser nossa mãe, nossa tia, nossa avó, algum parente. As pessoas desesperadas, gritando, querendo saber notícia e a gente não sabia o que falava. Foi uma cena complicada de se ver”, disse Darci em entrevista.
Segundo informações da Record TV Rio, o chefe do CTI que fez o pedido para levar seus pacientes para a creche. A esposa do dono do local, Jaqueline Martins, declarou que a decisão de abrir as portas da escola foi automática.
“Quando a gente olhou e viu uma nuvem de fumaça com pacientes na rua, a gente não pensou duas vezes. Tinha paciente recém-operado, que tinha acabado de sair do centro cirúrgico”, contou Jaqueline.
Famílias identificam corpos de vítimas de incêndio em hospital no Rio
Pelo menos 100 pacientes estavam no hospital no momento do incêndio. Destes, dez não resistiram a grande quantidade de fumaça que tomou conta da unidade de saúde e morreram. Segundo a perita que fez a autopsia dos corpos no IML (Instituto Médico Legal), a maior parte das pessoas morreu por asfixia.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa