Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Crianças deitam no chão para se proteger durante tiroteio na Maré

Complexo de favelas é alvo de operação da Polícia Civil nesta terça (5)

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7

Alunos de creche deitam no chão para se proteger de tiros
Alunos de creche deitam no chão para se proteger de tiros

Uma intensa troca de tiros teve início na manhã desta terça-feira (5), durante uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, zona norte do Rio. O tiroteio, segundo o grupo Maré Vive, ocorre nas comunidades Vila do João, Vila do Pinheiro, Conjunto Esperança e Salsa e Merengue. A ação da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) visa cumprir mandados de prisão e, também, de busca e apreensão na região.

O delegado titular da Core, Rodrigo Oliveira, informou que um agente ficou ferido por estilhaços durante a operação. Ele foi encaminhado ao hospital, medicado e liberado em seguida.

A ação no Complexo da Maré tem apoio de carros e helicópteros blindados. Nas redes sociais, muitos moradores denunciam excessos por parte das forças policiais.

— Helicóptero atirando de cima para baixo nas casas!!! Tivemos que descer com bebê pequeno para a casa de baixo, porque moramos no terceiro andar! — comentou uma moradora.


Em uma publicação feita pelo perfil Maré Vive, eles avisam:

— Helicóptero voltou pessoal! (...) Quem tiver em casa com telha, tem que se abrigar melhor. Porque agora a bala tá vindo do alto — informa a publicação.


Os tiros começaram por volta das 9h, horário em que muitas crianças já estavam nas escolas e creches da Maré e, por isso, não foram fechados, como informou a Secretaria Municipal de Educação. Em uma imagem compartilhada nas redes sociais, é possível ver crianças deitadas no chão de uma creche, que segundo a moradora, fica na comunidade Salsa e Merengue.

— Olha o medo nos rostos dessas crianças, que cena mais triste, é lamentável que tenham que passar por isso — diz um dos comentários na imagem.


Este é o segundo dia consecutivo de tiroteios na Maré. Nesta segunda (4), mais de seis mil alunos ficaram sem aulas na região devido a uma operação do BAC (Batalhão de Ações com Cães).

*Sob supervisão de PH Rosa

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.