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Crivella lança campanha de vacinação de animais contra a raiva 

Objetivo é imunizar 500 mil cães e gatos contra a doença, superando o recorde dos últimos seis anos, com 468 mil animais vacinados em 2017

Rio de Janeiro|Do R7

Postos volantes vão percorrer comunidades, no sábado (20)
Postos volantes vão percorrer comunidades, no sábado (20)

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, lançou a campanha "Se liga, bicho! Raiva é caso sério - 2018", com objetivo de vacinar 500 mil cães e gatos contra a doença. O lançamento ocorreu no auditório do CASS (Centro Administrativo São Sebastião), na região central da cidade, nesta segunda-feira (15).

No local, Crivella ressaltou a importância do projeto para a saúde dos cariocas e afirmou que sua gestão está se esforçando para aumentar a cobertura vacinal. O ano de 2017 bateu o recorde dos últimos seis anos, com 468 mil animais vacinados.

"No governo passado, em 2011, não se vacinou nenhum, vejam o risco que nós corremos. Em 2016, foram 70 mil animais, mas ainda muito abaixo da população de 630 mil", afirmou o prefeito durante a cerimônia que contou com presença de técnicos e vacinadores da Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses e da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.

Segundo a prefeitura, postos volantes vão percorrer, no próximo sábado (20), as comunidades de difícil acesso no município com o intuito de levar a vacina a animais dessas regiões. Ao todo, serão quatro veículos adesivados, cada um com dois profissionais e aptos a vacinar 1.000 cães e gatos por dia.


No mesmo dia também será iniciada a vacinação em 814 postos fixos espalhados por diversos lugares da capital fluminense. A ação vai ocorrer em cinco sábados, até o dia 15 de dezembro. Os endereços de todos os postos estão no site da Vigilância Sanitária.

Neste ano, animais pertencentes a moradores de rua também poderão receber a vacina durante a campanha em um posto volante. De acordo com a subsecretária de Vigilância Sanitária, Márcia Rolim, a meta é superar o desempenho do ano passado.


"Nós já conseguimos um salto enorme no número de animais vacinados. No ano passado, chegamos a uma cobertura muito maior que a de 2016, quando foram vacinados apenas 72 mil animais. E neste ano será muito mais, pois vamos colocar mais 144 postos de vacinação na rua, além dos 670 que foram colocados no ano passado, e vacinar os animais de pessoas que vivem em situação de rua".

Ainda nesta segunda, está ocorrendo o II Simpósio de Raiva Animal, no qual especialistas em zoonoses participam de um debate sobre a doença e sua profilaxia para profissionais vinculados à rede pública de saúde, como médicos veterinários, médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos e estudantes. Os temas abordados serão a epidemiologia e o diagnóstico do vírus da raiva, bem como a experiência do município na captura de morcegos, por meio de solicitações encaminhadas à central de atendimento 1746.


Cuidados

A prefeitura do Rio alertou que, no momento da vacinação, os cães deverão estar com coleira e guia e os gatos em caixas de transporte apropriadas. Além disso, animais com temperamento agressivo devem estar com focinheira. Sintomas como dores no local vacinado, febre e comportamento mais quieto do animal podem ocorrer por até 36 horas após a aplicação. 

A raiva é uma doença que compromete o sistema nervoso do homem, não tem cura e possui índice de letalidade próximo a 100%. É uma zoonose viral e todos os mamíferos estão suscetíveis a contraí-lo, podendo ser transmitida. Dessa forma, a única maneira para se controlar a doença é por meio da vacinação.

No caso de uma pessoa ser mordida por um animal doente, será necessário lavar o local machucado imediatamente com água e sabão. Deve-se também procurar a unidade de saúde mais próxima para receber os primeiros cuidados. No local, a pessoa será encaminhada para uma das unidades específicas que funcionam como polo de profilaxia da raiva. Também é importante isolar o animal por 10 dias, para que se observe se ele apresenta sintomas da doença.

Apesar destes cuidados, a raiva está controlada e não há registro de casos em humanos há quase 30 anos no município. Ainda assim, a doença ainda oferece risco à população, porque a cidade tem número alto de morcegos, cachorros e gatos, principais transmissores do vírus.

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