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Crivella pede abertura de CPI para investigar contratos com Fundação

Pedido foi feito aos vereadores William Coelho (MDB) e Júnior da Lucinha (MDB) em evento na zona oeste; contratos somam R$ 300 mi, diz prefeitura

Rio de Janeiro|Do R7

Contrato para o Museu do Amanhã é investigado
Contrato para o Museu do Amanhã é investigado

O prefeito Marcelo Crivella pediu, neste sábado (10), a abertura da "CPI da Mama Jato", nome dado por ele, para investigar as denúncias de favorecimento a empresas do Grupo Globo em contratos sem licitação. De acordo com a prefeitura, foram assinados 19 contratos na gestão passada em valores que somam cerca de R$ 300 milhões.

Crivella esteve em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, anunciando a construção de uma clínica da família na comunidade Rolla II, onde fez o pedido diretamente aos vereadores William Coelho e Júnior da Lucinha.

Na ocasião, o prefeito afirmou que as denúncias já estão no Ministério Público.

“Sem concorrência e licitação, a Fundação Roberto Marinho recebeu R$ 300 milhões na época do Eduardo [Paes] para fazer projeto, para fazer desenho do Museu do Amanhã, do MAR [Museu de Arte do Rio]. Foi feito, por exemplo, um milhão de folhetos para alertar as pessoas sobre a dengue. Um milhão de folhetos custam, se a gente fizer numa gráfica, R$ 100 mil, se for o melhor folheto do mundo. Lá na Infoglobo custou R$ 1,8 milhão. Até quando nós vamos suportar que essa empresa meta a mão no nosso bolso e a gente fique calado? Acabou! Nós não vamos dar o dinheiro que eles querem”, disse Crivella.


Verba de professores foi usada em contratos

Entre 2009 e 2015, a Fundação recebeu dinheiro da prefeitura para treinar professores e realizar aulas de reforço escolar para alunos da rede pública. Cerca de sete contratos estão sendo analisados em uma sindicância aberta na sexta-feira (9) pelo município.


De acordo com documentos obtidos com exclusividade pela Record TV, os acordos foram pagos com verbas que são exclusivas para pagamento de professores. Os recursos apontados nos contratos são do Fundeb, o que contraria a lei.

Marcelo Marques, procurador geral do município, disse que a instalação da sindicância já é um indício de irregularidades nos contratos.


“O que a sindicância vai averiguar é se houve um desvio de finalidade neste caso, se o dinheiro para a educação foi aplicado para fins privados, ou para entidades privadas com caráter lucrativo”, disse o procurador.

A Fundação Roberto Marinho disse em nota que os contratos assinados com a prefeitura do Rio estão em conformidade com a lei e que passaram por todos os estágios de aprovação. Informou ainda que foram realizados com transparência, moralidade, legalidade e eficiência.

Veja a reportagem:

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