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Defesa de desembargador preso diz que nada foi encontrado nas buscas e que ele é inocente

Macário Ramos Júdice Neto, do TRF-2, foi preso pela Polícia Federal, na Operação Unha e Carne, que investiga vazamento de informações da Operação Zargun, que prendeu então deputado estadual TH Joias

Rio de Janeiro|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Desembargador Macário Ramos Júdice Neto foi preso pela Polícia Federal na Operação Unha e Carne.
  • A defesa afirma que nada foi encontrado nas buscas e que ele é inocente.
  • A defesa alega que o ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a prisão e informou que não teve acesso à decisão judicial.
  • A operação investiga vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, que resultou na prisão do então deputado TH Joias.

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Mensagens indicam que desembargador antecipou detalhes da Operação Zargun, diz PF Reprodução/RECORD

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (16) o desembargador do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) Macário Ramos Júdice Neto, na 2ª fase da Operação Unha e Carne, a mesma que prendeu o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil), então presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

Além disso, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Eles foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).


A defesa do desembargador Macário Júdice Neto afirmou que o “ministro Alexandre de Moraes foi induzido a erro ao determinar a medida extrema”. Além disso, a defesa disse que não teve acesso a uma cópia da decisão que decretou sua prisão, o que atrapalhou o “pleno exercício do contraditório e da ampla defesa”.

A defesa do desembargador falou que “nada foi encontrado nas buscas e apreensões”. Também disse que “das informações recebidas extra oficialmente sobre os motivos de sua prisão, os fatos são inverídicos”.


Os advogados informaram que o desembargador Macário já requereu que o processo que estava na sua relatoria e determinou a prisão do deputado TH Joias seja redistribuído.

A defesa ainda disse que “assim que tiver acesso a decisão do ministro Alexandre de Moraes, irá encaminhar o pedido de soltura do desembargador e demonstrar que ele agiu corretamente”, já que as medidas que determinou contra o então deputado TH Joias precisam ser ratificadas novamente para que não percam a validade.


Os advogados concluíram dizendo que “é preciso investigar a quem interessa o afastamento do desembargador que determinou prisões no Rio de Janeiro e a criação de versões mentirosas que levaram aos fatos de hoje”.

A operação investiga o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, quando o então deputado TH Joias foi preso.


“A ação se insere no contexto da decisão do STF no âmbito do julgamento da ADPF 635/RJ (ADPF das Favelas) que, dentre outras providências, determinou que a Polícia Federal conduzisse investigações sobre a atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no estado e suas conexões com agentes públicos“, afirmou a PF.

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