Deputados decidem pela soltura de Rodrigo Bacellar em votação na Alerj
O presidente da Casa foi preso pela PF por suspeita de vazamento da operação contra o ex-parlamentar TH Joias
Rio de Janeiro|Do R7
Os deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) decidiram pela soltura do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar, em votação no plenário durante sessão extraordinária na tarde desta segunda-feira (8). Foram 42 votos a favor e 21 contra. Houve duas abstenções.
Os parlamentares foram convocados a se posicionar sobre o relatório da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) com parecer favorável à revogação da prisão preventiva (sem prazo) do parlamentar.
Por ordem alfabética, os deputados presentes foram chamados ao microfone. Houve tumulto devido à falta de acordo sobre o tempo de fala durante a declaração do voto.
Antes, os parlamentares já haviam combinado a duração de 10 minutos para três discursos favoráveis e três contrários ao tema.
Alexandre Knoploch (PL), Índia Armelau (PL) e Renan Jordy (PL) se manifestaram a favor do relaxamento de prisão. Já Flavio Serafini (Psol), Renata Souza (Psol), Dani Balbi (PCdoB), Carlos Minc (PSB), Elika Takimoto (PT) e Verônica Lima (PT) foram contra a soltura.
O procedimento para análise da prisão de Bacellar na Alerj seguiu o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) em relação às assembleias legislativas dos estados tomarem decisões sobre prisões de deputados.
Agora, a decisão da Casa Legislativa será encaminhada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou a prisão do presidente da Alerj. Caberá a Moraes confirmar ou não se Bacellar pode deixar a prisão.
Prisão do presidente da Alerj
No último dia 3, Rodrigo Bacellar foi detido pela Polícia Federal por suspeita de vazamento da operação contra o ex-deputado estadual TH Joias. Durante as buscas, R$ 90 mil em espécie foram apreendidos dentro de um carro oficial.
De acordo com as investigações, o presidente da Alerj é suspeito de repassar informações sigilosas e orientar TH a retirar objetos da residência dele na véspera da ação policial.
Em seguida, TH Joias, acusado de ter ligações com a facção Comando Vermelho, trocou de telefone e passou a se comunicar de outro número com Bacellar.
As investigações da PF apontaram “fortes indícios” da participação do parlamentar em uma organização criminosa.
Em nota, a defesa de Rodrigo Bacellar negou que ele tenha atuado para atrapalhar investigações envolvendo facções criminosas ou tenha vazado informações sobre operações.
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