Disque-denúncia busca informações sobre Lívia Moura, irmã de ex-jogador do Flamengo
Investigações afirmam que ela faturou cerca de R$ 500 mil com o golpe de venda de ingressos do Rock in Rio
Rio de Janeiro|Gabriel Pieroni*, do R7
O Disque-denúncia divulgou um cartaz em que pede informações sobre o paradeiro de Lívia da Silva Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura. A suspeita teve a prisão decretada pela venda de ingressos para o Rock in Rio em um site falso. Ela já é considerada foragida da Justiça.
Uma vítima procurou a polícia para denunciar o desfalque após ter transferido R$ 20,8 mil, por Pix, para a conta de Lívia, e nunca ter recebido os ingressos. As investigações mostram que ela faturou cerca de R$ 500 mil com o golpe.
Lívia foi indiciada pelos crimes de violação de direito autoral, estelionato, estelionato por meio eletrônico, falsificação de documentos e organização criminosa.
Na última segunda-feira (5), os agentes tentaram cumprir um mandado de busca e apreensão contra a golpista. Ela não foi localizada em casa na Freguesia, na zona oeste da cidade, e teve contas bancárias e imóveis bloqueados.
O Disque-denúncia recebe informações sobre a localização de foragidos da Justiça nos seguintes canais de atendimento, com anonimato garantido:
• WhatsApp do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099;
• telefone: (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177;
• app "Disque Denúncia RJ";
• Facebook (inbox): https://www.facebook.com/procuradosrj/;
• Twitter (mensagem): https://twitter.com/PProcurados; e
• site do Portal dos Procurados (em Denuncie): procurados.org.br/contato.
Léo Moura
Em uma rede social, o ex-jogador Léo Moura afirmou que não se envolve nem compactua com as atitudes da irmã.
"Só quero deixar claro novamente que os problemas da minha irmã são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família. Não me envolvo e nem compactuo com isso. Se errou, que pague pelos erros e não cometa novamente", disse o ex-jogador do Flamengo.
Outros crimes
O delegado designado para a investigação lembrou que Lívia tem antecedentes criminais.
"É importante destacar que a acusada já é conhecida da polícia e ostenta antecedentes criminais pela prática de golpes. Ela se vale do fato de ser irmã de ex-jogador de futebol para passar credibilidade às vítimas", explicou o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP (Ipanema).
Há três anos, ela foi acusada por torcedores do Flamengo de vender e não entregar ingressos para uma partida no Maracanã. Em 2017, Renato Augusto, que atualmente joga no Corinthians, procurou a delegacia depois de ter contratado Lívia para a organização de uma festa de casamento. O serviço nunca foi prestado.
* Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime.