Doca, Pedro Bala, Gardenal e BMW: entenda quem é quem na cúpula do Comando Vermelho
A denúncia do MP identificou os chamados soldados, gerentes e principais lideranças. Ao todo, 69 foram denunciados
Rio de Janeiro|Do R7

A denúncia do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que embasou a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, identificou as principais lideranças da maior facção do estado. Doca, Pedro Bala, Gardenal e BMW são os criminosos que ocupam o posto mais alto da hierarquia do grupo criminoso na região.
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No documento, Doca, traficante mais procurado do Rio com uma recompensa de R$ 100 mil, é descrito como a principal liderança do CV na Penha e no Alemão, além das comunidades Gardênia Azul, César Maia, Juramento e Quitungo — áreas em disputa territorial.
Doca possui ao menos 21 mandados de prisão em aberto por crimes como homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa, associação para o tráfico e roubo.
Já Pedro Paulo Guedes, o Pedro Bala, é apontado como “integrante do primeiro escalão” do CV no complexo da Penha. Inclusive, em troca de mensagens, ele é chamado de “chefe” por outras lideranças.
Contra ele há quatro mandados de prisão em aberto por homicídio e ocultação de cadáver. A investigação revelou que Pedro Bala usava os aplicativos de conversas para dar ordens no Complexo da Penha.
Em um dos grupos dos criminosos, Washington Cesar Braga da Silva, vulgo Síndico ou Grandão, afirma que “ninguém pode dar tiros sem ordens de Doca ou Bala”. Grandão seria o homem de confiança de Doca com a função administrativa na facção: divulgava os “plantões” de criminosos na comunidade.
Um dos que recebiam essas determinações de Pedro Bala é o traficante Carlos da Costa Neves, o Gardenal. Ele é o gerente-geral da Penha e, ao lado de Doca, atua na expansão da facção para região sudoeste da cidade.
Gardenal também tem a responsabilidade de adquirir drones e armamentos para a organização criminosa. Contra o criminoso constam 12 mandados de prisão em aberto. Ele é procurado por crimes como tráfico de drogas, homicídio e associação ao tráfico.
Já Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, aparece na denúncia como gerente do tráfico na Gardênia e chefe do grupo “Sombra” — matadores a serviço do CV. Com perfil violento, ele também é homem de confiança de Doca e atua na área operacional da facção. BMW tem a função de treinar os novos integrantes da facção para os confrontos.
O bandido é procurado por crimes como homicídio qualificado e associação para o tráfico. Contra BMW constam dez mandados de prisão em aberto.
O documento do MP identificou as lideranças, os gerentes e os chamados “soldados” do tráfico. Ao todo, 69 pessoas foram denunciadas à Justiça.
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