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Dossiê Mulher: RJ teve mais 98 mil vítimas de violência em 2020

Relatório mostrou que, em média, 270 mulheres sofreram algum tipo de violência por dia no ano passado

Rio de Janeiro|Inácio Loyola, do R7*

Dados mostram que 98 mil mulheres foram vítimas de violência no RJ em 2020
Dados mostram que 98 mil mulheres foram vítimas de violência no RJ em 2020

Mais de 98 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica e familiar no Estado do Rio de Janeiro em 2020, de acordo com dados do Dossiê Mulher, divulgado pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), nesta segunda-feira (18).

O relatório mostrou que, em média, 270 mulheres sofreram algum tipo de violência por dia no ano passado.

De acordo com o levantamento, ocorreram 78 casos de feminicídio no ano passado, 52 mulheres eram mães e 34 tinham filhos menores de idade. Cerca de 20% dos crimes ocorreram na presença dos filhos.

Outro dado que chama a atenção no documento é a violência sexual. Foram registrados 5.645 casos, número 15,8% menor que o de 2019. Já o estupro de vulnerável saltou para 2.754 casos, que é mais do que o dobro dos registros feitos em 2020. Em média, sete meninas com até 14 anos foram estupradas por dia no Estado.


Medidas

O governo estadual informou que o Dossiê Mulher de 2021 resultou na criação de dois programas: o Núcleo de Atendimento aos Familiares de Vítimas do Feminicídio e o treinamento de policiais militares para garantir o cumprimento de medidas protetivas contra agressores.

“Para acompanhar os filhos e familiares das vítimas de feminicídios, determinei a criação desse núcleo de atendimento especializado, que será coordenado pela Secretaria de Assistência à Vítima. O objetivo é acolher especialmente crianças e adolescentes. Além disso, as equipes do Patrulha Maria da Penha estão capacitando policiais de todos os batalhões, principalmente do interior, para atender casos de descumprimento de medidas protetivas”, informou o governador Cláudio Castro.


Patrulha Maria da Penha

A Patrulha Maria da Penha possui 45 equipes de 180 policiais militares treinados para atuar no atendimento a mulheres que têm Medida Protetiva de Urgência. Em dois anos de programa, 24 mil mulheres foram atendidas.

Além das ações das polícias, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos oferece equipes de psicólogos, assistentes sociais e advogados nos Centros Integrados/Especializados de Atendimento à Mulher. Nos próximos meses, três unidades receberão investimentos de R$ 5 milhões para obras de melhorias. Também serão modernizadas 14 Deams (Delegacias de Atendimento à Mulher).

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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